terça-feira, 17 de junho de 2008

Preparação dos banhos

Em todos os banhos, onde se usam as ervas, devemos nos preocupar com alguns detalhes :

· A colheita deve ser feita em fases lunares positivas, devido a abundância de prana.
· Ao adentrar numa mata para colher ervas ou mesmo num jardim, saudamos sempre Oxossi e Ossaim que é responsável pelas folhas (no Candomblé é um Orixá, mas considero-o como um ser encantado, com responsabilidades e atuações limitadas).
· Antes de colhermos as ervas, toquemos levemente a terra, para que descarreguemos nossas mãos de qualquer carga negativa, que é levada para o solo.
· Não utilizar ferramentas metálicas para colher, dê preferência em usar as próprias mãos, já que o metal faz com que diminua o poder energético das ervas.
· Normalmente usamos folhas, flores, frutos, pequenos caules, cascas, sementes e raízes para os banhos, embora dificilmente usamos as raízes de uma planta, pois estaríamos matando-a
· Colocar as ervas colhidas em sacos plásticos, já que são elementos isolantes, pois até chegarmos em casa, estaremos passando por vários ambientes
· Lavar as ervas em água limpa e corrente
· Os banhos ritualísticos, devem ser feitos com ervas frescas, isto é, não se demorar muito para usá-las, pois o prana contido nelas, vai se dispersando e perde-se o efeito do banho
· A quantidade de ervas, que irão compor o banho , são 1 ou 3 ou 5 ou 7 ervas diferentes e afins com o tipo de banho. Por exemplo, num banho de defesa, usamos três tipode de ervas (guiné, arruda e alecrim).
· Não usar aqueles banhos preparados e vendidos em casas de artigos religiosos, já que normalmente as ervas já estão secas, não se sabe a procedência nem a qualidade das ervas, nem se sabe em que lua foi colhida, além de não ter serventia alguma, é apenas sugestivo o efeito.
· Alguns banhos, são feitos com água fria e as plantas são masceradas com as próprias mãos e só depois, se for o caso, adicionar um pouco de água quente, para suportar a temperatura da água.
· Banhos feitos com água quente, devem ser feitos por meio da abafação e não fervimento da água e ervas, isto é, esquenta-se a água, até quase ferver, apague o fogo, deposite as ervas e abafe com uma tampa, mantenha esta imersão por uns 10 minutos antes de usar. Alguns dizem que a água quente não é eficiente para um banho, mas esquecem que o elemento Fogo, também faz parte dos rituais de Umbanda. A água aquecida “agita” a mistura, liberando o prana das ervas.
· Acender uma vela para o anjo de guarda e manter-se em oração e concentração, já que se está realizando um ritual.
· Os banhos devem não devem ser feitos nas horas abertas do dia (06 horas, 12 horas ou meio-dia, 18 horas e 24 horas ou meia-noite), pois as horas abertas são horas “livres” onde todo o tipo de energia “corre”. Só realizamos banhos nestas horas, normalmente os descarregos com ervas, quando uma entidades prescrever (normalmente um exu).
· Não se enxugar, esfregando a toalha no corpo, apenas, retire o excesso de umidade, já que o esfregar cria cargas elétricas (estática) que podem anular parte ou todo o banho.
· Embora todo o corpo será banhado, a parte da frente do corpo é que devemos dar maior atenção, já que estão as “portas” dos chacras, além da parte frontal possuir uma maior polaridade positiva, que tem propriedades elétricas de atrair as energias negativas e que são eliminadas com o banho, recebendo carga positiva e aceleradora.
· Após o banho, é importante saber desfazer-se dos restos das ervas. Aquilo que ficou sobre o nosso corpo, nós retiramos e juntamos com o que ficou no chão. Colocamos tudo num saco plástico e despachamos aquilo que é biodegradável, em água corrente.