DIA RITUAL-Terça ou Quinta-feira.
FESTA-13 de junho, dia de Santo Antônio.
CORNo Candombé, Azul anil; na Umbanda, Vermelho e Branco
COLARES-Contas diáfanas, azul-marinho.
INDUMENTÁRIA-Na indumentária, predomina o metal branco brunido: no capacete, na espada, nas perneiras (eventuais), nos largos punhos e braceletes; saia armada; duas faixas largas na cintura (ojás), com um laço na frente.
SACRIFÍCIOS-Bode e galo. (Na África sacrificam-se cães a Ogun).
COMIDAS-Pipoca (doburu), feijão e inhame assados, com azeite-de-dendê. Adalu, Angú com miúdos, Vatapá, Guisado de Carne, Farofa.
GRITO DE GUERRA-Guará-mim-fô !
SAUDAÇÃO-OGUN-IÊ
NATUREZA-Jazidas de ferro, caminhos, veículos.
METAL-Ferro
PEDRAS-Lápis-lazúli, topazio azul.
PERFUMES-Drakkar, silvestre, Eau Sauvage.Como usar: no corpo inteiro, às terças, alternando a cada semana.
TALISMÃ-Fio de miçangas azul-marinho, banhado em água de folha de alevante.
OFERENDA-Inhame assado ou cozido e feijão ferventado, colocado em estrada.
FESTA-13 de junho, dia de Santo Antônio.
CORNo Candombé, Azul anil; na Umbanda, Vermelho e Branco
COLARES-Contas diáfanas, azul-marinho.
INDUMENTÁRIA-Na indumentária, predomina o metal branco brunido: no capacete, na espada, nas perneiras (eventuais), nos largos punhos e braceletes; saia armada; duas faixas largas na cintura (ojás), com um laço na frente.
SACRIFÍCIOS-Bode e galo. (Na África sacrificam-se cães a Ogun).
COMIDAS-Pipoca (doburu), feijão e inhame assados, com azeite-de-dendê. Adalu, Angú com miúdos, Vatapá, Guisado de Carne, Farofa.
GRITO DE GUERRA-Guará-mim-fô !
SAUDAÇÃO-OGUN-IÊ
NATUREZA-Jazidas de ferro, caminhos, veículos.
METAL-Ferro
PEDRAS-Lápis-lazúli, topazio azul.
PERFUMES-Drakkar, silvestre, Eau Sauvage.Como usar: no corpo inteiro, às terças, alternando a cada semana.
TALISMÃ-Fio de miçangas azul-marinho, banhado em água de folha de alevante.
OFERENDA-Inhame assado ou cozido e feijão ferventado, colocado em estrada.
ANIMAL-Cavalo.
BEBIDA-Cerveja Clara.
BEBIDA-Cerveja Clara.
DOMÍNIO-a reta dos caminhos, as lutas, o trabalho.
ELEMENTO-Terra
ELEMENTO-Terra
PLANTAS-Beldroega, Caruru, Espada de Ogum, Guiné.
PRESENTES FAVORITOS-Flores vermelhas, Velas, Charutos, suas Comidas e Bebidas.
RECEBE OFERENDAS-Nos caminhos e estradas de ferro; no centro das encruzilhadas.
QUINZÍLIA-lugares fechados, Quiabo
SÍMBOLOS-Enxada, Facão, Ferramentas, Martelo, Pá, Picareta, Serrote.
SINCRETISMO-* São Jorge em 23 de Abril * São Sebastião em 20 de Janeiro.No Tarot - O nº 11 fala fala do pecado, um passo além dos 10 mandamentos. Características: força moral, coragem, auto-disciplina, controle, obstinação, violência suave, diplomacia. A mensagem é: As batalhas mais importantes você trava em seu íntimo, com ou sem afeto.
PRESENTES FAVORITOS-Flores vermelhas, Velas, Charutos, suas Comidas e Bebidas.
RECEBE OFERENDAS-Nos caminhos e estradas de ferro; no centro das encruzilhadas.
QUINZÍLIA-lugares fechados, Quiabo
SÍMBOLOS-Enxada, Facão, Ferramentas, Martelo, Pá, Picareta, Serrote.
SINCRETISMO-* São Jorge em 23 de Abril * São Sebastião em 20 de Janeiro.No Tarot - O nº 11 fala fala do pecado, um passo além dos 10 mandamentos. Características: força moral, coragem, auto-disciplina, controle, obstinação, violência suave, diplomacia. A mensagem é: As batalhas mais importantes você trava em seu íntimo, com ou sem afeto.
o: excelente alimento. Sem uso ritualístico. Tem um enorme prestígio no tratamento das doenças respiratórias. Usado como xarope põe fim às tosses e bronquites, é expectorante de ação ligeira.
LENDAS
OGUM, Orixá masculino da cultura Iorubá, é o filho mais velho de Oduduá com Yemanjá. Sendo o mais enérgico, ele tornou-se Rei de Ifé, quando Oduduá (fundador de Ifé) ficou cego. OGUM era um guerreiro terrível. Brigou com reinos vizinhos a Ifé, aumentando cada vez mais o seu reinado. Destruiu a cidade de Ará e de Irê.
Em Irê, ele guerreou, matando o rei e instalou seu próprio filho no trono e passou a usar o título de ONIRÊ (Rei de Irê).
OGUM é o Orixá Deus do Ferro, dos ferreiros e de todos aqueles que utilizam esse metal: agricultores, caçadores, açougueiros, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, escultores, mecânicos, etc...
Em Irê, diz-se que OGUM é composto de 7 (sete) partes: OGUM MEJÉJÉ LOODE/IRÊ (Ogum são sete não só Irê) frase que se refere as sete aldeias, hoje desaparecidas, que existiram em volta de Irê. Mas sobre as 7 partes de Ogum, existem muitas lendas, entre tantas, duas são as mais conhecidas e o relaciona com Oyá.
A primeira, conta que Ogum preparou-se para ir à guerra; Oyá sua esposa, também guerreira, quis acompanhá-lo. Ogum proibiu-a de seguí-lo. Oyá muito astuta e não querendo por nada deixar de guerrear ao lado do marido, vestiu uma das suas roupas, prendeu os cabelos por baixo de um capacete e seguiu-o. A luta foi muito grande, Ogum estava quase a perdê-la, quando Oyá, levantou sua espada e lutou por ele.
Vencida a batalha por Oyá, Ogum quis saber quem era o garboso guerreiro. Oyá muito orgulhosa, tirou o capacete e soltou os cabelos, Ogum reconhecendo a sua esposa, mais orgulhoso do que ela, não admitindo ter sido salvo por uma mulher, levantou sua espada para matá-la. Oyá ao mesmo tempo também levantou a sua para defender-se. As espadas tocaram-se no ar. Travaram então uma grande luta onde Ogum cortou Oyá em nove e Oyá cortou Ogum em sete.
Outra lenda sobre os 7 Oguns, também relacionada a Oyá, conta que ela era a companheira de Ogum. Oyá ajudava o marido no trabalho de forjar o ferro. Todos os dias Oyá carregava seus instrumentos e ia para a oficina, onde manejava o fole para ativar o fogo da forja. Ora ela manejava o fole, ora ela soprava um vento, para ativar o fogo. Ogum ofereceu a Oyá, pela ajuda que essa lhe dava, uma vara de ferro, semelhante a uma que ele possuiu e que tinha o poder de dividir os homens em sete partes e as mulheres em nove, se por ela fossem tocados no decorrer de uma briga.
Xangô gostava de sentar-se próximo, a fim de apreciar Ogum bater o ferro, e de vez em quando lançava olhares a Oyá, e esta também olhava Xangô, que era muito elegante. Os cabelos de Xangô eram trançados com búzios como de uma mulher, usava brincos, colares e pulseiras. Sua beleza e seu poder fascinavam Oyá que nada disso via em Ogum. Um dia Oyá fugiu com Xangô. Ogum perseguiu-os. Encontrou-os, brandiu sua vara mágica. Oyá fez o mesmo e eles se tocaram ao mesmo tempo. Assim Ogum foi dividido em sete e Oyá em nove, recebendo ele o nome de Ogum Mejéje (sete) e ela Yámessan (nove).
O número sete é pois associado a Ogum. O sete está presente em todos os lugares que lhe é consagrado, por instrumentos de ferro em numero de sete, pendurados numa haste horizontal, também de ferro: lança, espada, enxada, torquês, facão, ponta de flecha e enxó, que são os símbolos de suas atividades.
Outra lenda conta que Ogum, depois de muitos anos, voltou a cidade de Irê. No dia de sua chegada, os habitantes da cidade celebravam uma cerimônia em que ninguém podia falar sob nenhum pretexto. Ele sentia sede, viu vários potes de vinho de palma. Aproximou-se deles e verificou que estavam vazios. Ninguém o saudou nem respondia às suas perguntas. Não foi reconhecido por ninguém. Como sua paciência era quase nenhuma, foi dominado por uma grande fúria. Começou a quebrar, com sua espada, os potes e arrrancar as cabeças das pessoas mais próximas, até que seu filho apareceu, reconhecendo seu pai. Por meio de gestos, mandou que servissem a ele vinho e a sua comida predileta, como cães, feijão regado com azeite de dendê.
Enquanto Ogum saciava sua sede e matava sua fome, os habitantes de Irê, já libertos do silêncio, pois a cerimônia que celebravam terminara, cantaram louvores a Ogum, onde o chamavam de OGUM JÉ OJÁ (Ogum come cachorro) o que lhe valeu o nome de OGUNJÁ. Ogum lamentando seus atos violentos, declarou que já havia vivido o bastante. Baixou a ponta de seu sabre em direção a terra e desapareceu pela terra a dentro, com um barulho assustador. Outros contam que ele lançou sua espada no ar e subiu para ORUM, com ela e foi habitar a lua. Antes porém de desaparecer, Ogum pronunciou algumas palavras. Se alguém pronunciar essas palavras durante uma batalha Ogum vem e guerreia por essa pessoa. Mas essas palavras não podem ser usadas em outras circunstâncias, se Ogum não encontrar inimigos diante de si, é sobre o imprudente que sua ira se lançará.
Ogum é sem dúvida alguma, um dos Deuses Iorubanos mais conhecidos, mais cultuado e temido. Às vezes, até mesmo, mais temido do que Exú, sobre o qual, tem total domínio. Como é o filho de Oduduá e Yemanjá, mais velho e considerado o mais antigo Orixá Iorubano, e em virtude de sua ligação com metais, sem sua permissão e sua proteção, nenhuma atividade seria proveitosa; é o dono do obé (faca). Entretanto outros Deuses mais antigos que Ogum, originários de países vizinhos, mesmo assimilados pelos Iorubanos, não aceitavam de bom grado a primazia assumida e concedida a Ogum, por Oduduá. Essas diferenças, até hoje não foram resolvidas e deu origem a conflitos entre Nanã e Ogum, isto porque Nanã, o mais antigo Orixá da Nação de Daomé (uma espécie de Orixalá dos Iorubanos) não aceita o comando de Ogum. Por isso, nenhum animal oferecido a Nanã, podia ser cortado com o obé de metal e sim com o de madeira.
(1) Ogum foi o segundo filho de Iemanjá e era muito ligado ao irmão mais velho, Exu. Os dois eram muito aventureiros e brincalhões, estavam sempre fazendo estrepolias juntos. Quando Exu foi expulso de casa pelos pais, Ogum ficou muito zangado e resolveu acompanhar o irmão. Foi atrás dele e por muito tempo os dois correram mundo juntos. Exu, o mais esperto, resolvia para onde iriam; e Ogum, o mais forte e guerreiro, ia vencendo todas as dificuldades do caminho. É por isso que Ogum sempre surge no culto logo depois de Exu, pois honrar seu irmão preferido é a melhor forma de agradá-lo; e enquanto Exu é o dono das encruzilhadas, Ogum governa a reta dos caminhos.
(2) Quando Ogum conquistou o reino de Irê, deu o trono para o filho e partiu em busca de novas batalhas. Anos depois, ele voltou ; mas chegou no dia de uma festa religiosa em que todos deviam guardar silêncio. Sentindo sede, quis beber, mas o vinho havia sido todo usado no ritual religioso; pediu comida e ninguém lhe respondeu, por causa da proibição religiosa. Pensando que o desprezavam, Ogum puxou a espada e matou todo mundo. Quando terminou a cerimônia religiosa, o filho veio ao encontro de Ogum, prestou-lhe todas as homenagens e ofereceu-lhe um banquete. Quando lhe explicaram o que ocorrera, Ogum ficou horrorizado com seu crime. Cravou a espada no chão e fez com que se abrisse um grande buraco por onde se afundou, tornando-se desde então um Orixá.
(3) Depois que Exu foi expulso de casa pelos pais, ficou decidido que Ogum, o segundo filho, seria o sucessor do pai no governo. Entretanto, Ogum não gostava desse tipo de atividade. Seu prazer estava nas aventuras. Quando substituiu o pai durante uma viagem deste, Ogum deixou de lado as funções de governante, dedicando-se a passeios e confusões com os amigos. Estava sempre se metendo com as namoradas alheias e arrumando brigas. Para mantê-lo sossegado, então, o pai lhe deu o comando do exército e a missão de responder às agressões ao reino e de conquistar novos territórios. Nessas atividades, ele foi muito bem sucedido.
Em Irê, ele guerreou, matando o rei e instalou seu próprio filho no trono e passou a usar o título de ONIRÊ (Rei de Irê).
OGUM é o Orixá Deus do Ferro, dos ferreiros e de todos aqueles que utilizam esse metal: agricultores, caçadores, açougueiros, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, escultores, mecânicos, etc...
Em Irê, diz-se que OGUM é composto de 7 (sete) partes: OGUM MEJÉJÉ LOODE/IRÊ (Ogum são sete não só Irê) frase que se refere as sete aldeias, hoje desaparecidas, que existiram em volta de Irê. Mas sobre as 7 partes de Ogum, existem muitas lendas, entre tantas, duas são as mais conhecidas e o relaciona com Oyá.
A primeira, conta que Ogum preparou-se para ir à guerra; Oyá sua esposa, também guerreira, quis acompanhá-lo. Ogum proibiu-a de seguí-lo. Oyá muito astuta e não querendo por nada deixar de guerrear ao lado do marido, vestiu uma das suas roupas, prendeu os cabelos por baixo de um capacete e seguiu-o. A luta foi muito grande, Ogum estava quase a perdê-la, quando Oyá, levantou sua espada e lutou por ele.
Vencida a batalha por Oyá, Ogum quis saber quem era o garboso guerreiro. Oyá muito orgulhosa, tirou o capacete e soltou os cabelos, Ogum reconhecendo a sua esposa, mais orgulhoso do que ela, não admitindo ter sido salvo por uma mulher, levantou sua espada para matá-la. Oyá ao mesmo tempo também levantou a sua para defender-se. As espadas tocaram-se no ar. Travaram então uma grande luta onde Ogum cortou Oyá em nove e Oyá cortou Ogum em sete.
Outra lenda sobre os 7 Oguns, também relacionada a Oyá, conta que ela era a companheira de Ogum. Oyá ajudava o marido no trabalho de forjar o ferro. Todos os dias Oyá carregava seus instrumentos e ia para a oficina, onde manejava o fole para ativar o fogo da forja. Ora ela manejava o fole, ora ela soprava um vento, para ativar o fogo. Ogum ofereceu a Oyá, pela ajuda que essa lhe dava, uma vara de ferro, semelhante a uma que ele possuiu e que tinha o poder de dividir os homens em sete partes e as mulheres em nove, se por ela fossem tocados no decorrer de uma briga.
Xangô gostava de sentar-se próximo, a fim de apreciar Ogum bater o ferro, e de vez em quando lançava olhares a Oyá, e esta também olhava Xangô, que era muito elegante. Os cabelos de Xangô eram trançados com búzios como de uma mulher, usava brincos, colares e pulseiras. Sua beleza e seu poder fascinavam Oyá que nada disso via em Ogum. Um dia Oyá fugiu com Xangô. Ogum perseguiu-os. Encontrou-os, brandiu sua vara mágica. Oyá fez o mesmo e eles se tocaram ao mesmo tempo. Assim Ogum foi dividido em sete e Oyá em nove, recebendo ele o nome de Ogum Mejéje (sete) e ela Yámessan (nove).
O número sete é pois associado a Ogum. O sete está presente em todos os lugares que lhe é consagrado, por instrumentos de ferro em numero de sete, pendurados numa haste horizontal, também de ferro: lança, espada, enxada, torquês, facão, ponta de flecha e enxó, que são os símbolos de suas atividades.
Outra lenda conta que Ogum, depois de muitos anos, voltou a cidade de Irê. No dia de sua chegada, os habitantes da cidade celebravam uma cerimônia em que ninguém podia falar sob nenhum pretexto. Ele sentia sede, viu vários potes de vinho de palma. Aproximou-se deles e verificou que estavam vazios. Ninguém o saudou nem respondia às suas perguntas. Não foi reconhecido por ninguém. Como sua paciência era quase nenhuma, foi dominado por uma grande fúria. Começou a quebrar, com sua espada, os potes e arrrancar as cabeças das pessoas mais próximas, até que seu filho apareceu, reconhecendo seu pai. Por meio de gestos, mandou que servissem a ele vinho e a sua comida predileta, como cães, feijão regado com azeite de dendê.
Enquanto Ogum saciava sua sede e matava sua fome, os habitantes de Irê, já libertos do silêncio, pois a cerimônia que celebravam terminara, cantaram louvores a Ogum, onde o chamavam de OGUM JÉ OJÁ (Ogum come cachorro) o que lhe valeu o nome de OGUNJÁ. Ogum lamentando seus atos violentos, declarou que já havia vivido o bastante. Baixou a ponta de seu sabre em direção a terra e desapareceu pela terra a dentro, com um barulho assustador. Outros contam que ele lançou sua espada no ar e subiu para ORUM, com ela e foi habitar a lua. Antes porém de desaparecer, Ogum pronunciou algumas palavras. Se alguém pronunciar essas palavras durante uma batalha Ogum vem e guerreia por essa pessoa. Mas essas palavras não podem ser usadas em outras circunstâncias, se Ogum não encontrar inimigos diante de si, é sobre o imprudente que sua ira se lançará.
Ogum é sem dúvida alguma, um dos Deuses Iorubanos mais conhecidos, mais cultuado e temido. Às vezes, até mesmo, mais temido do que Exú, sobre o qual, tem total domínio. Como é o filho de Oduduá e Yemanjá, mais velho e considerado o mais antigo Orixá Iorubano, e em virtude de sua ligação com metais, sem sua permissão e sua proteção, nenhuma atividade seria proveitosa; é o dono do obé (faca). Entretanto outros Deuses mais antigos que Ogum, originários de países vizinhos, mesmo assimilados pelos Iorubanos, não aceitavam de bom grado a primazia assumida e concedida a Ogum, por Oduduá. Essas diferenças, até hoje não foram resolvidas e deu origem a conflitos entre Nanã e Ogum, isto porque Nanã, o mais antigo Orixá da Nação de Daomé (uma espécie de Orixalá dos Iorubanos) não aceita o comando de Ogum. Por isso, nenhum animal oferecido a Nanã, podia ser cortado com o obé de metal e sim com o de madeira.
(1) Ogum foi o segundo filho de Iemanjá e era muito ligado ao irmão mais velho, Exu. Os dois eram muito aventureiros e brincalhões, estavam sempre fazendo estrepolias juntos. Quando Exu foi expulso de casa pelos pais, Ogum ficou muito zangado e resolveu acompanhar o irmão. Foi atrás dele e por muito tempo os dois correram mundo juntos. Exu, o mais esperto, resolvia para onde iriam; e Ogum, o mais forte e guerreiro, ia vencendo todas as dificuldades do caminho. É por isso que Ogum sempre surge no culto logo depois de Exu, pois honrar seu irmão preferido é a melhor forma de agradá-lo; e enquanto Exu é o dono das encruzilhadas, Ogum governa a reta dos caminhos.
(2) Quando Ogum conquistou o reino de Irê, deu o trono para o filho e partiu em busca de novas batalhas. Anos depois, ele voltou ; mas chegou no dia de uma festa religiosa em que todos deviam guardar silêncio. Sentindo sede, quis beber, mas o vinho havia sido todo usado no ritual religioso; pediu comida e ninguém lhe respondeu, por causa da proibição religiosa. Pensando que o desprezavam, Ogum puxou a espada e matou todo mundo. Quando terminou a cerimônia religiosa, o filho veio ao encontro de Ogum, prestou-lhe todas as homenagens e ofereceu-lhe um banquete. Quando lhe explicaram o que ocorrera, Ogum ficou horrorizado com seu crime. Cravou a espada no chão e fez com que se abrisse um grande buraco por onde se afundou, tornando-se desde então um Orixá.
(3) Depois que Exu foi expulso de casa pelos pais, ficou decidido que Ogum, o segundo filho, seria o sucessor do pai no governo. Entretanto, Ogum não gostava desse tipo de atividade. Seu prazer estava nas aventuras. Quando substituiu o pai durante uma viagem deste, Ogum deixou de lado as funções de governante, dedicando-se a passeios e confusões com os amigos. Estava sempre se metendo com as namoradas alheias e arrumando brigas. Para mantê-lo sossegado, então, o pai lhe deu o comando do exército e a missão de responder às agressões ao reino e de conquistar novos territórios. Nessas atividades, ele foi muito bem sucedido.