domingo, 17 de agosto de 2008

Exus superiores


Exu Arranca-Toco: habita as florestas. É especializado em encontrar animais desaparecidos, pessoas perdidas nas matas e em casos de curas de moléstias naturais.

Exu Brasa: provoca de incêndios e domina o fogo e as armas de fogo. É invocado para promover a vitória em duelos e tiroteios. Concede ainda o dom de acertar o alvo desejado assim como o de escapar de balas.

Exu Carangola: faz as pessoas ficarem perturbadas e darem gargalhadas histéricas, dançando sem ter vontade, rindo na hora errada ou se atrapalhando em momentos importantes. É invocadotanto quando um momento solene precisa ser arruinado como quando não pode sar errado de modo algum.

Exu Caveira: ajuda nos conflitos pessoais, ensinando as artimanhas da guerra e o modo de vencer inimigos. É o senhor da punição e da justiça por excelencia encarregado de vigiar os cemitérios e os lugares onde houver pessoas enterradas. Sua força é de modo a incutir medo aos que o invocam. Apresenta-se, em geral, com a forma de uma caveira.

Exu da Meia-Noite: é um dos mais invocados, pois é o encarregado de escrever toda a sorte de caracteres e tratar dos procedimentos magicos em si. Segundo uma crença popular foi ele quem ensinou a são cipriano todas as sortes de mágicas que fazia. À meia-noite, o exu da meia-noite faz a ronda do mundo físico por isso é exatamente à meia-noite que se fazem os despachos destinados ao exu da meia-noite.

Exu Maré: facilita a invisibilidade das pessoas, dando-lhes poderes de serem seletivamente ignoradas em ocasiões ou pessoas específicas. Também é chamado no caso da necessidade de se descobrir um problema oculto ou dificuldade desapercebida até então.

Exu Mirim: influente sobre as mulheres mas principalmente poderoso com as crianças e com a fase da infância. Tudo o que diz respeito a crianças diz respeito ao Exu Mirim, para o bem e para o mal.

Exu Pimenta: propaga moléstias venéreas e separa casais. Tem poder de incutir ódio e ciúme nos corações humanos. Por outro lado também é invocado para amarrações de amor e para atiçar o desejo sexual por alguém específico.

Exu Quirombô: atua como exu mirim, mas é especializado em prejudicar mocinhas e crianças pequenas, desviando-as para o "mau caminho". Apresenta-se, também, como criança de olhas claramente malicioso.

Exu Sete Encruzilhadas: tem prazer em ensinar e doutrinar, por isto sempre está tirando dúvidas a todo aquele que lhe faça perguntas, desde as perguntas mais insólitas como "porque há estrelas..." até as mais comuns como "quero saber se meu marido me engana...".

Exu Tata Caveira: provoca o sono da morte, a desatenção e manipula drogas e entorpecentes. É invocado também para causar, aliviar ou agravar os casos de dependência a drogas e ao álcool.

Exu Veludo: influente no mundo dos negócios e no comércio. Concede a habilidade e o carisma para políticos e costuma ser invocado quando encontros sociais são decisivos, como no caso de entrevistas de emprego.

Exu Zé Pelintra: Particularmente versátil para problemas do dia a dia, mas igualmente exigênte com o que pedir em troca. É polivalente e comanda toda a linha de malandros, entidades supostamente oriundas de pessoas envolvidas com o submundo, jogo, prostitutas, bebidas fortes e drogas.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Pontos riscados

As entidades espirituais que atuam no movimento umbandista se identificam por meio de sinais riscados traçados geralmente com um giz de cálcario conhecido como pemba.
Esse giz mineral além de ser consagrado para ser utilizado para escrita magística também, pode ser transformado em pó e utilizado de outras formas em preparações ou cerimônias ritualísticas.
E o termo pemba também é utilizado na Umbanda no sentido de Lei, ou seja, confome o linguajar de Umbanda, se você está sob a Lei de Pemba, você está sob a Lei maior e isso possui sérios agravantes principalmente se o médium se desvirtua de sua tarefa pois, nesses casos a cobrança é imediata.
Então, estar sob a corrente de Umbanda, estar sob a Pemba, exige muita cautela mas, por outro lado se o médium procurar cumprir suas tarefas e mantiver uma postura decente, essa mesma lei pode lhe ser favorável e muito útil porque o mesmo terá o auxílio direto das entidades do astral que lhe proporcionarão forças para trabalhar com dignidade.
Voltando a questão da escrita, não é sem propósito que a Lei é chamada de pemba pois, essa escrita sagrada traduz sinais que estão afins a determinadas egrégoras firmadas no astral a muito tempo.
Assim, quando uma entidade de fato traça um sinal de pemba, ela está movimentando energias sutis, que na dependência da variação desses sinais, pode atrair ou dissipar determinadas correntes de energia com muita eficácia.
Esse assunto é muito complexo para ser aberto em um livro mas, no decorrer dos trabalhos mediúnicos o médium de fato e direto, segundo sua missão, merecimento e afinidades, pode receber determinados sinais diretamente das entidades espirituais que o assistem, no intuito de escudar esse médium contra o assédio do sub-mundo espiritual.
E se o leitor quiser se aprofundar um pouco mais nesse tema poderá consultar diversas outras obras que tratam com mais profundidade sobre o assunto, em especial recomendamos os livros:
‘O Arqueômetro’ de autoria de Saint Yves D´Alveydre,
‘Pemba- A grafia dos Orixás’ de autoria de Ivan Horácio Costa ( mestre Itaoman ) e
‘Umbanda – a Proto-síntese Cósmica’ de autoria de F. Rivas Neto ( mestre Arapiaga );
Essas obras trazem muitas elucidações reais sobre o tema.
No mais, lembramos que esses sinais são de uso exclusivo das entidades vinculadas a corrente astral de Umbanda e sua utilização inadequada por pessoas não habilitadas podem gerar uma série de aborrecimentos bem como atrair determinadas energias e entidades de difícil controle que podem levar o indivíduo às raias da loucura.
Portanto, é necessária muita cautela nesse tema e é por isso que na maioria dos terreiros, casas, agrupamentos ou templos de Umbanda, as entidades ensinam e utilizam outros sinais mais simples e simbólicos, apenas de efeito elucidativo
(por exemplo: corações, machados, espadas etc.),
deixando os verdadeiros sinais de pemba velados até que os filhos amadurecem e possam adentrar nesses campos com segurança.
Enfim, o importante é procurar trabalhar e deixar que as entidades atuem da forma que elas acharem conveniente porque com certeza elas nos conhecem melhor do que nós próprios pensamos que nos conhecemos...

terça-feira, 1 de julho de 2008

história dos ciganos


A história dos ciganos pode ser dividida em três partes: a origem, a dispersão e a situação atual. Como, porém, em uma parte posterior deste trabalho será aprofundado o item situação atual, não cabe neste capítulo relativo à história abordar esses dados. Serão apresentadas, então, as questões ligadas a sua origem até a chegada ao Brasil. Os ciganos fazem parte de uma etnia de cultura própria, rica, já que por variadas razões encontram-se dispersos por todo o mundo, tendo passado, em suas andanças, por diferentes países, legando e enriquecendo a sua cultura. Uma pequena parcela, hoje em dia, ainda é nômade, mas a maioria, como no caso dos ciganos do Rio de Janeiro, é seminômade e sedentária.Segundo Arthur R. Ivatts, sociólogo, educador britânico e assessor da Comissão Consultiva para a Educação dos Ciganos e Outros Nômades, a concentração maior desse povo fica na Europa, ou seja, da população mundial cigana, mais ou menos a metade é residente na Europa, sendo que dois terços na Europa Oriental, e, parte reside ainda, no norte e no sul da África, no Egito, na Argélia e no Sudão. Nas Américas, o contingente está distribuído dos Estados Unidos à Argentina, tendo uma maior concentração no território brasileiro. Devido ao modo de vida cigano, é difícil calcular o número exato deles, mas, segundo Ivatts, em 1975, sem contar com a Índia e o sudeste asiático, os ciganos eram, em média, cerca de sete a oito milhões em todo o mundo.Antes de desenvolver o tema, é preciso deixar claro que o termo cigano é genérico, assim como índio, ou seja, dentro dessa etnia existem subdivisões e, nelas, existem famílias que fazem das tradições uma cultura própria de acordo com o subgrupo ao qual pertencem. No Brasil, mais particularmente no Rio de Janeiro, existem dois grandes grupos de ciganos: o Rom e o Calom.O grupo Rom é mais disperso, pois, devido a sua origem extra-Ibérica, é encontrado no mundo todo, da União Soviética à Argentina. São os considerados ciganos autênticos e tradicionais. No Rio de Janeiro, foram contactadas famílias de três grupos rons: o Kalderash, o Khorakhanè e o Ragare.Os nomes dos subgrupos são apresentados por força de uma profissão própria e predominante na família através dos tempos, como os kalderashès (ferreiros, caldeireiros, produtores de panelas, parafusos, utensílios, chaves, pregos, ferramentas, selas, cintos e outros objetos de couro). Alguns são exibidores de feras amestradas, os circenses (lovares) e (manushes). Outros ainda, que eram antigos negociantes de cavalos, atualmente, negociam com carros, sendo também exímios comerciantes, mecânicos e lanterneiros, como os ciganos do grupo Calom. Há também os que vendem ouro, jóias, roupas, tapetes, que são os mercadores ambulantes ou feirantes.
Os ciganos do grupo Calom situam-se, na Espanha — particularmente em Andaluzia, onde existe a maior concentração de calons — em Portugal, na África do Norte e no sul da França, são os chamados ciganos Ibéricos. Há muitos anos, alguns desse grupo foram deportados ou emigraram para as Américas, existindo, assim, uma grande parte desses ciganos no Brasil.Diferenciam-se dos rons ( Romá) pelo aspecto físico, dialeto e costumes. Sua maioria encontra-se nômade, principalmente no Norte e Nordeste, mas uma grande parte já está totalmente sedentarizada, principalmente no Rio de Janeiro. Muitos exercem profissões ligadas à justiça: juízes, promotores, advogados, oficiais de justiça e policiais.Os grupos e os subgrupos serão conhecidos minuciosamente no decorrer deste trabalho, mas, para finalizar essa visão histórica, é importante mencionar que o termo rom significa cigano para qualquer cigano, pois calom, como são conhecidos os ciganos Ibéricos, é o dialeto utilizado por estes desde a época da repressão na Espanha e em Portugal. O Romanês ou Romani, língua mundial cigana, traz a palavra rom significando homem, cigano e marido.

O Rito dos eguns

Nas festas de Egungun, em Itaparica, o salão público não tem janelas, e, logo após os fiéis entrarem, a porta principal é fechada e somente aberta no final da cerimônia, quando o dia já está clareando. Os Eguns entram no salão através de uma porta secundária e exclusiva, único local de união com o mundo externo.
Os ancestrais são invocados e eles rondam os espaços físicos do terreiro. Vários amuixan (iniciados que portam o ixan) funcionam como guardas espalhados pelo terreiro e nos seus limites, para evitar que alguns Babá ou os perigosos Apaaraká que escapem aos olhos atentos dos Ojé saiam do espaço delimitado e invadam as redondezas não protegidas.
Os Eguns são invocados numa outra construção sacra, perto mas separada do grande salão, chamada de ilê awo (casa do segredo), na Bahia, e igbo igbalé (bosque da floresta), na Nigéria. O ilê awo é dividido em uma ante-sala, onde somente os Ojé podem entrar, e o lêsànyin ou balé, onde só os Ojé agbá entram (veja o anexo :
Oiê masculinos).
Balé é o local onde estão os idi-egungun, os assentamentos - estes são elementos litúrgicos que, associados, individualizam e identificam o Egun ali cultuado -, e o ojubô-babá, que é um buraco feito diretamente na terra, rodeado por vários ixan, os quais, de pé, delimitam o local.
Nos ojubô são colocadas oferendas de alimentos e sacrifícios de animais para o Egun a ser cultuado ou invocado. No ilê awo também está o assentamento da divindade Oyá na qualidade de Igbalé, ou seja, Oyá Igbalé - a única divindade feminina venerada e cultuada, simultaneamente, pelos adeptos e pelos próprios Eguns (veja mitos de
Oyá e Egun).
No balé os Ojé atokun vão invocar o Egun escolhido diretamente no seu assentamento, e é neste local que o awo (segredo) - o poder e o axé de Egun — nasce através do conjunto Ojé-ixan / idi-ojubô. A roupa é preenchida e Egun se torna visível aos olhos humanos.


- Ojé e Amuixan ,atentos ,acompanham Babá Egun na sua caminhada. -
Após saírem do ilê awo, os Eguns são conduzidos pelos amuixan até a porta secundária do salão, entrando no local onde os fiéis os esperam, causando espanto e admiração, pois eles ali chegaram levados pelas vozes dos Ojé, pelo som dos amuixan, branindo os ixan pelo chão e aos gritos de saudação e repiques dos tambores dos alabê (tocadores e cantadores de Egun). O clima é realmente perfeito.

O que são eguns?

O Egun é a morte que volta à terra em forma espiritual e visível aos olhos dos vivos. Ele "nasce" através de ritos que sua comunidade elabora e pelas mãos dos ojé (sacerdotes) munidos de um instrumento invocatório, um bastão chamado ixan, que, quando tocado na terra por três vezes e acompanhado de palavras e gestos rituais, faz com que a "morte se torne vida", e o Egungun ancestral individualizado está de novo "vivo".
A aparição dos Eguns é cercada de total mistério, diferente do culto aos Orixás, em que o transe acontece durante as cerimônias públicas, perante olhares profanos, fiéis e iniciados. O Egungun simplesmente surge no salão, causando impacto visual e usando a surpresa como rito. Apresenta-se com uma forma corporal humana totalmente recoberta por uma roupa de tiras multicoloridas, que caem da parte superior da cabeça formando uma grande massa de panos, da qual não se vê nenhum vestígio do que é ou de quem está sob a roupa. Fala com uma voz gutural inumana, rouca, ou às vezes aguda, metálica e estridente — característica de Egun, chamada de séégí ou sé, e que está relacionada com a voz do macaco marrom, chamado ijimerê na Nigéria (veja os mitos de
Oyá).


- Babá Egun ,sob vigilancia do Ojé ,aconselha um fiel prostrado à sua frente. -
As tradições religiosas dizem que sob a roupa está somente a energia do ancestral; outras correntes já afirmam estar sob os panos algum mariwo (iniciado no culto de Egun) sob transe mediúnico. Mas, contradizendo a lei do culto, os mariwo não podem cair em transe, de qualquer tipo que seja. Pelo sim ou pelo não, Egun está entre os vivos, e não se pode negar sua presença, energética ou mediúnica, pois as roupas ali estão e isto é Egun.
A roupa do Egun — chamada de eku na Nigéria ou opá na Bahia , ou o Egungun propriamente dito, é altamente sacra ou sacrossanta e, por dogma, nenhum humano pode tocá-la. Todos os mariwo usam o ixan para controlar a "morte", ali representada pelos Eguns. Eles e a assistência não devem tocar-se, pois, como é dito nas falas populares dessas comunidades, a pessoa que for tocada por Egun se tornará um assombrado", e o perigo a rondará. Ela então deverá passar por vários ritos de purificação para afastar os perigos de doença ou, talvez, a própria morte.
Ora, o Egun é a materialização da morte sob as tiras de pano, e o contato, ainda que um simples esbarrão nessas tiras, é prejudicial. E mesmo os mais qualificados sacerdotes — como os Ojé atokun, que invocam, guiam e zelam por um ou mais Eguns — desempenham todas essas atribuições substituindo as mãos pelo ixan.
Os Egun-Agbá (ancião), também chamados de Babá-Egun (pai), são Eguns que já tiveram os seus ritos completos e permitem, por isso, que suas roupas sejam mais completas e suas vozes sejam liberadas para que eles possam conversar com os vivos. Os Apaaraká são Eguns ,ainda mudos e suas roupas são as mais simples: não têm tiras e parecem um quadro de pano com duas telas, uma na frente e outra atrás. Esses Eguns ainda estão em processo de elaboração para alcançar o status de Babá; são traquinos e imprevisíveis, assustam e causam terror ao povo.
O eku dos Babá são divididos em três partes: o abalá, que é uma armação quadrada ou redonda, como se fosse um chapéu que cobre totalmente a extremidade superior do Babá, e da qual caem várias tiras de pano coloridas, formando uma espécie de largas franjas ao seu redor; o kafô, uma túnica de mangas que acabam em luvas, e pernas que acabam igualmente em sapatos, do qual ,também caem muitas tiras de pano da altura do tórax ; e o banté, que é uma larga tira de pano especial presa ao kafô e individualmente decorada e que identifica o Babá.
O banté, que foi previamente preparado e impregnado de axé (força, poder, energia transmissível e acumulável), é usado pelo Babá quando está falando e abençoando os fiéis. Ele o sacode na direção da pessoa e esta faz gestos com as mãos que simulam o ato de pegar algo, no caso o axé, e incorporá-lo. Ao contrário do toque na roupa, este ato é altamente benéfico. Na Nigéria, os Agbá-Egun portam o mesmo tipo de roupa, mas com alguns apetrechos adicionais: uns usam sobre o alabá máscaras esculpidas em madeira chamadas de erê egungun ; outros, entre os alabá e o kafó, usam peles de animais; alguns Babá carregam na mão o opá iku e, às vezes, o ixan. Nestes casos, a ira dos Babás é representada por esses instrumentos litúrgicos.
Existem várias qualificações de Egun, como Babá e Apaaraká, conforme seus ritos, e entre os Agbá, conforme suas roupas, paramentos e maneira de se comportarem. As classificações, em verdade, são extensas.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Caboclos


São geralmente espíritos de civilizações primitivas, tais como índios: Íncas, Maias, Astecas e afins. Foram espíritos de terras recém formadas e descobertas, eles formaram sociedades (tribos e aldeias), com perfeita organização estrutural, tudo era fabricados por eles, desde o cultivo de alimentos até a moradia.
Como foram primitivos conhecem bem tudo que vem da terra, assim caboclos são os melhores guias para ensinar a importância das ervas e dos alimentos vindos da terra, além de sua utilização.
Assim como os Preto-velhos, possuem grande elevação espiritual, e trabalham “incorporados” a seus médiuns na Umbanda, dando passes e consultas, em busca de sua elevação espiritual.
São subordinados aos Orixás, o que lhes concede uma força mestra na sua personalidade e forma de trabalho, igual aos Preto-velhos.
Quando falamos na personalidade de um caboclo ou de qualquer outro guia, estamos nos referindo a sua forma de trabalho.
Costumam usar durante as giras, penachos e fumam charutos. Falam de forma rústica lembrando sua forma primitiva de ser, dessa forma mostram através de suas danças muita beleza, própria dessa linha.
Seus “brados”, que fazem parte de uma linguagem comum entre eles, representam quase uma “senha” entre eles. Cumprimentos e despedidas são feitas usando esses sons.
Costumamos dizer que as diferenças entre eles estão nos lugares que eles dizem pertencer. Dando como origem ou habitat natural, assim podemos ter:
Caboclos da mata - Esses viveram mais próximos da civilização ou tiveram contato com elas.
Caboclos da mata virgem - Esses viveram mais interiorizado nas matas, sem nenhum contato com outros povos.
Torna-se de grande importância conhecermos esses detalhes para compreendermos porque alguns falam mais explicados que outros. Mais ainda existe as particularidades de cada um, que permitem diferenciarmos um dos outros.
A primeira é a “especialidade” de cada um, são elas: curandeiros, rezadeiros, guerreiros, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras, entre outros.
A segunda é diferença criada pela “força da natureza” que os rege. É o Orixá para quem eles trabalham.
Para nós da Umbanda, é importantíssimo saber que a “personalidade” de um caboclo se dá pela junção de sua “origem”, “especialidade” e “força da natureza” que o rege.
E é nessa “personalidade” que centramos nossos estudos. Assim como os Preto-velhos, eles podem dar passe, consulta e correntes de energização ou participarem de descarrego, contudo sua prática da caridade se dá principalmente com a manipulação.
Quando falamos em manipulação, estamos nos referindo desde preparo de remédios feitos com ervas, emplastos, compressas e banhos em geral até manipulação física, como por rezar “espinhela caída”.
Esses guias por conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor terapêutico das ervas e de tudo que vem da terra, por isso as usam mais que qualquer outro guia. Desenvolveram com isso um conhecimento químico muito grande para fazer remédios naturais.
Como são espíritos da mata propriamente dita, todos recebem forte influência de Oxossi, no sentido apenas do conhecimento químico das ervas, independente do Orixá que trabalhe.
São espíritos que também trabalham muito com passe. Acreditamos ser pela facilidade de locomoção, já que normalmente trabalham em pé.
São também bastante necessários na hora de um descarrego, pois conseguem acoplar no médium em qualquer posição.
Os chefes dos povos se denominam “chefes dos Orixás”, sendo que são chamados “chefes de falange” ou “falangeiros”. Os chefes e todos os integrantes de cada linha vem em representação do Orixá que os manda, atuando como este e trabalhando do mesmo modo, apesar de terem diferenças entre si, dependendo do tipo de “falange” a que pertencem.
CABOCLOS DE PENA E DE COURO
Falar de Caboclos é uma tarefa bastante agradável, ainda que extensa e difícil, pois existem tantos que seria uma grande leviandade, declararmos conhecer a todos. Inicialmente é importante conhecermos uma diferenciação que se faz entre eles. Os Caboclos de Couro e os de Pena. Caboclos de Couro, são os Boiadeiros, e os de Pena são os Índios. Ainda tem os Caboclinhos, que são índios meninos, muito comuns no Nordeste do Brasil.
Distribuição das tribos indígenas no Brasil em 1500
Muito se fala a respeito de que tipo de espíritos poderiam ser os Caboclos, Pretos-Velhos, etc… Seriam mesmo índios? Ou em relação aos Pretos-Velhos, seriam somente negros ou escravos?
O trabalho da caridade espiritual é muito grande e não caberia somente a esta ou aquela qualidade de espíritos praticá-la. Se nas falanges de Caboclos ou em outra qualquer, não se manifestarem somente espíritos daquela classe, isso não muda em nada sua força. E qualquer espírito que se aproxime ou que lhe seja determinado trabalhar naquela determinada linha vibracional, às características da falange deverá ser amoldar.
Isso se aplica a qualquer qualidade de espírito. Até mesmo aqueles que em suas vidas pretéritas tenham convivido em camadas sociais diversas, podem depois de desencarnados trabalharem em qualquer falange, mas para isso moldam-se a ela utilizando-se da roupagem característica dela.
Já imaginaram um Caboclo manifestado de paletó e gravata, dando consultas com um lap top?
O que quero dizer é que as falanges de Caboclos, são mesmo índios, ou no caso dos Caboclos de Couro, são boiadeiros, vaqueiros, trabalhadores do campo. Entretanto, não é impossível a outros espíritos que viveram em outras classes sociais, aproximarem-se, por gosto ou determinação superior, às características da falange em questão e passarem a praticar a caridade, assim como, a perseguir a elevação espiritual, dentro daquelas características. A evolução de cada entidade se dá mais pelo trabalho que pratica, pelo bem que alcança e dirige a quem necessita, do que pela maneira como se manifesta, fala ou se veste.
Assim sendo é muito mais importante nos aproximarmos da figura que a entidade nos proporciona, do que ficarmos procurando uma maneira de investigar e determinar o que não nos é devido.
Os Caboclos são entidades fortes, viris. Alguns tem uma dificuldade muito grande de se expressar em nossa língua, sendo normalmente auxiliados pelos cambonos, que são filhos da casa, normalmente iniciando seus desenvolvimentos ou alguém que não tenha a mediunidade de incorporação. São sérios, mas gostam de festas e fartura. Dançam muito e gostam de cantar também. Bebem vinho, cerveja, ou a macaia que é uma mistura de ervas. Fumam normalmente charutos, mas alguns Boiadeiros fumam o palheiro, que é um cigarro feito de palha de milho com fumo de corda ou rolo ou até mesmo cigarros normais.
Os Caboclos, embora comandados por Oxóssi, Orixá da caça, que na Umbanda é louvado como rei das Matas, estão sempre ligados a um determinado Orixá e mantém suas características, de alguma forma ligada a esse Orixá. As Caboclas normalmente estão ligadas a Orixás femininos.
Os Caboclos de couro - Boiadeiros - são alegres e festeiros, são bem mais descontraídos e extrovertidos que os Caboclos de penas. Gostam de música, alguns gostam de samba, cantam toadas que falam em seus bois e suas andanças por essas terras de meu Deus. Os Boiadeiros também são conhecidos como ” Encantados “. Eles não teriam morrido para se espiritualizarem, teriam sido encantados e se transformados em entidades especiais.
Os Caboclos de Pena são exímios na arte de curar e na limpeza espiritual, são profundos conhecedores das ervas medicinais e de suas propriedades espirituais, assim como suas propriedades terapêuticas para o tratamento de muitos males. São grandes passistas e os resultados de seus trabalhos aparecem muito rapidamente. Gostam muito de crianças e se entristecem muito com o mal tratamento dispensado a elas por maus pais.
Gostam muito de frutas, plantas e flores e suas festas devem ser bem ornamentadas pelos Zeladores de santo, que tem neles uma barreira muito grande contra os males de natureza material e espiritual. A ornamentação não precisa ser suntuosa, pois são entidades bastante simples, mas flores e folhas compõem arranjos que os deixam muito satisfeitos.
Nas matas, cachoeiras, praias, rios, montanhas, sempre haverá a presença de um Caboclo, assim como entre as plantas e animais: Mata Virgem, Sete Cachoeiras, Sete Montanhas, Caboclo Arruda, Caboclo Guiné, Cobra Coral, Sucuri, Jibóia; Os ligados diretamente aos Orixás, Caboclo Rompe Mato ( Ogum/Oxosse), Caboclo da Pedra (Xangô); aos ligados às forças da natureza, Caboclo Ventania, Sete Cachoeiras; aos ligados às atividades nas florestas, Caboclo Caçador, Flecheiro; aos ligados ao desmanche de feitiços, Serra Negra; aos ligados às cores, Caboclo Roxo; às tribos, Caboclo Tupi, etc… Em suma, sempre haverá um Caboclo ligado a qualquer área da natureza para nos proteger e auxiliar. Saravá Caboclo, Saravá toda a Macaia. Saravá Jurema, Jupira, Jandira, Iara, e tantas outras Caboclas maravilhosas que enfeitam os rios, as serras com sua beleza e força e nas festas bradam e dançam, mostrando a feminilidade indígena, inocente, feliz, mas forte. Grandes trabalhadoras da seara de Oxalá. Okê Caboclo, Okê!
Esses são os Caboclos de pena! As características dos de couro são bastante diferentes, mas que não modificam suas intenções na prática do bem e da caridade. Os Boiadeiros também apresentam diversidades de manifestações. Boiadeiro menino, Boiadeiro da Campina, Boiadeiro Bugre, Boiadeiro do Sertão e muitos outros tipos.
São cantigas muito alegres, tocadas num ritmo vibrante, enquanto os Boiadeiros se esbaldam nas festas a eles consagradas. São porém grandes trabalhadores e defendem a todos das influências negativas com muita garra e força espiritual. Possuem enorme poder espiritual e grande autoridade sobre os espíritos menos evoluídos, sendo tais espíritos subjugados por eles com muita facilidade.
Boiadeiros gostam de cerveja, vinho, fumam charutos, cigarros de palha, ou mesmo cigarros comuns, alguns tomam cachaça com mel, vinho puro ou com mel, usam chapéus de couro, rebenques ou laços, alguns tocam berrante. É tal e qual se poderia presenciar no homem rude do campo. Durante o dia debaixo do calor intenso do sol ele segue, tocando o gado, tratando, marcando. A noite ao voltar para casa, o churrasco com os amigos e a família, um bom papo, ponteado por um gole de aguardente e um bom palheiro, e nas festas um arroubo de alegria.
Assim se manifestam os Caboclos, onde quer que sejam chamados. Algumas casas adotam determinadas doutrinas que lhes tolhem um pouco as características. Não lhes permitem fumar ou beber e se mesmo assim, humildemente, aceitam as condições da casa é por que é maior o desejo da caridade, do que mostrarem-se como realmente são.
Isso não diminui nem seus trabalhos nem a capacidade da casa, muito menos deprecia tal doutrina. No entanto é muito importante que os respeitemos da maneira que se apresentem, sem que queiramos por nossas variações sociais, determinar suas procedências ou negar suas qualidades.

Oração dos orixás

Deus salve o Grito do grande Rei Xangô, que expulsa de nosso meio médiuns mentirosos e charlatões!
Deus salve a Espada de Ogum, que corta de nossos caminhos os que alimentam o ódio e a inveja!
Deus salve a Flecha de Oxossi, que mata o pássaro da maldade e da traição!
Deus salve as Águas de Oxum, que lava nossos caminhos da mentira e da falsidade!
Deus salve os Ventos de Iansã, que expulsa os que alimentam pensamentos de promiscuidade e infidelidade!
Deus salve as Águas de Iemanjá, que lava nossos terreiros dos que alimentam a falta de amor e respeito ao próximo!
Deus salve as Chuvas de Nanã, que trazem o peso da responsabilidade, afastando os ociosos e oportunistas!
Deus salve o Cajado de Omulu, que expulsa as doenças do egoísmo e da desordem!
Deus salve Nosso Pai Oxalá, salvaguardando nossa Umbanda daqueles que ainda não conhecem o verdadeiro sentido da caridade!
DEUS SALVE A NOSSA UMBANDA! … e não desampare os que ainda se arrastam pelos caminhos da ignorância e da hipocrisia

quarta-feira, 18 de junho de 2008

atribuições e mensagem dos pretos velhos

Eles representam a humildade, força de vontade, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de ponto de referência referência para todos aqueles que necessitam: curam, ensinam, educam pessoas e espíritos espíritos sem luz. Não têm raiva ou ódio pelas humilhações, atrocidades e torturas a que foram foram submetidos no passado. Com seus cachimbos, fala pausada, tranqüilidade nos gestos, eles escutam e ajudam àqueles que necessitam, independentes de sua cor, idade, sexo e de religião. São extremamente pacientes com os seus filhos e, como poucos, sabem sabem incutir-lhes os conceitos de karma e ensinar-lhes resignação Não se pode dizer que em sua totalidade esses espíritos são diretamente os mesmos Pretos-Velhos da escravidão. Pois, no Pois, no no processo cíclico da reencarnação passaram por muitas vidas anteriores foram: negros escravos, filósofos, médicos, ricos, pobres, iluminados, e outros. Mas, para ajudar aqueles que necessitam escolheram ou foram escolhidos para voltar a terra em forma incorporada de Preto-Velho. Outros, nem negros foram, mas escolheram como missão voltar nessa pseudo-forma. Outros foram até mesmo Exus, que evoluíram e tomaram as formas de um Pretos-Velhos. Este comentário pode deixar algumas pessoas, do culto e fora dele, meio confusas: "então o Preto-Velho não é um Preto-Velho, ou é, ou o que acontece???". Esses espíritos assumem esta forma com o objetivo de manter uma perfeita comunicação com aqueles que os vão procurar em procurar em busca de ajuda. O espírito que evoluiu tem a capacidade de assumir qualquer forma, pois ele é energia viva e conduzente de luz, a forma é é apenas uma conseqüência do que eles tenham que fazer na terra. Esses espíritos podem se apresentar, por exemplo, em lugares como um médico e em outros como um Preto-Velho ou até mesmo um caboclo ou exu. Tudo isso vai de vai de acordo com o seu trabalho, sua missão. Não é uma forma de enganar ou má fé com com relação àqueles que acreditam, muito pelo acreditam, muito pelo pelo contrário, contrário, quando se conversa sinceramente, eles mesmos nos dizem quem são, caso tenham autorização. Por isso, se você for falar com um Preto-Velho, tenha humildade e saiba escutar, não queira milagres ou que ele resolva seus problemas, como em um passe de mágica, entenda que qualquer solução tem o princípio dentro de você mesmo, tenha fé, acredite em você, tenha amor a Deus e a você mesmo. Para muitos os Pretos-Velhos são conselheiros mostrando a vida e seus caminhos; para outros, são pisicólogos, amigos, confidentes, mentores espirituais; para outros, são os exorcistas que lutam com suas mirongas, banhos de ervas, pontos de fogo, pontos riscados e outros, apoiados pelos exus desfazendo trabalhos. Também combatem as forças negativas (o mal), espíritos obssessores e kiumbas.
A MENSAGEM DOS PRETOS-VELHOS
A figura do Preto-Velho é um símbolo magnífico. Ela representa o espírito de humildade, de serenidade e de de paciência que devemos ter sempre em mente para que possamos evoluir espiritualmente. Certa vez, em um centro do interior de Minas, uma senhora consultando-se com um Preto-Velho comentou que ficava muito triste ao ver no terreiro pessoas unicamente interessadas em resolver seus problemas particulares de cunho material, usando os trabalhos de Umbanda sem pensar no próximo e, só retornavam ao terreiro, quando estavam com outros problemas. O Preto-Velho deu uma baforada com seu cachimbo e respondeu tranquilamente: "Sabe filha, essas pessoas preocupadas consigo próprias, são escravas do egoísmo. Procuramos ajudá-las, resolvendo seus problemas; mas, aquelas que podem ser aproveitadas, depois de algum tempo, sem que percebam, estarão vestidas de roupa branca, descalças, fazendo parte do terreiro. Muitas pessoas vem aqui buscar lã e saem tosqueadas; acabam nos ajudando nos trabalhos de caridade". Essa é a sabedoria dos Pretos-Velhos... Os Pretos-Velhos levam a força de Deus (Zambi) a todos que queiram aprender e encontrar uma fé. Sem ver a quem, sem julgar, ou colocando pecados. Mostrando que o amor a Deus, o respeito ao próximo e a si mesmo, o amor próprio, a próprio, a força de vontade e encarar o ciclo da reencarnação podem aliviar os sofrimentos do karma e elevar o espírito para a luz divina. Fazendo com que as pessoas entendam e encarem seus problemas e procurem suas soluções da melhor maneira possível dentro da lei do dharma e da causa e efeito. Eles aliviam o fardo espiritual de cada pessoa fazendo com que ela se fortaleça espiritualmente. Se a pessoa se fortalece e cresce consegue carregar mais comodamente o peso de seus sofrimentos. Ao passo que se ela se entrega ao sofrimento e ao desespero enfraquece e sucumbe por terra pelo peso que carrega. Então cada um pode fazer com que seu sofrimento diminua ou aumente de acordo como encare seu destino e os acontecimentos de sua vida: "Cada um colherá aquilo que plantou. Se tu plantaste vento colherás tempestade. Mas, se tu entenderes que com luta o sofrimento pode tornar-se alegria vereis que deveis tomar consciência do que foste teu passado aprendendo com teus erros e visando o crescimento e a felicidade do futuro. Não sejais egoísta, aquilo que te fores ensinado passai aos outros e aquilo que recebeste de graça, de graça tu darás. Porque só no amor, na caridade e na fé é que tu podeis podeis encontrar o teu encontrar o teu caminho interior, a luz e DEUS" (Pai Cipriano).

O nomes dos pretos velhos

Há muita controvérsia sobre o fato de o nome do Preto-Velho ser uma miscelânea de palavras portuguesas e africanas. Voltemos ao passado, na época que cognominamos "A Idade das Trevas" no Brasil, dos feitores e senhores, senzalas e quilombos, sendo os senhores feudais brasileiros católicos ferrenhos (devido à influência portuguesa) não permitiam a seus escravos a liberdade de culto. Eram obrigados a aprender e praticar os dogmas religiosos dos amos. Porém eles seguiram a velha norma: contra a força não? há resistência, só a inteligência vence. Faziam seus rituais às ocultas, deixando que os déspotas em miniatura acreditassem estar eles doutrinados para o catolicismo, cujas cerimônias assistiam forçados. As crianças escravas recém-nascidas, na época, eram batizadas duas vezes. A primeira, ocultamente, na nação a que que pertenciam seus pais, recebendo o nome de acordo com a seita. A segunda vez, na pia batismal católica, sendo esta obrigatória e nela a criança recebia o primeiro nome dado pelo seu senhor, sendo o sobrenome sobrenome composto de cognome ganho pela Fazenda onde nascera (Ex.: Antônio da Coroa Grande), ou então da região africana de onde vieram (Ex.: Joaquim D'Angola). D'Angola). O termo "Velho", "Vovô" e "Vovó" é para sinalizar sua experiência, pois quando pensamos em alguém mais velho, como um um vovô ou uma vovó subentendemos que essa pessoa já tenha vivido mais tempo, adquirindo assim sabedoria, paciência, compreensão. É baseado nesses fatores que as pessoas mais velhas aconselham. No mundo espiritual é bastante semelhante, a grande característica dessa linha é o conselho.? É devido a esse fator que carinhosamente dizemos que são os "Psicólogos da Umbanda". Eis aqui, como exemplo, o nome de alguns Pretos-Velhos:Pai Cambinda (ou Cambina), Pai Roberto, Pai Cipriano, Pai João ,Pai Congo, Pai José D'Angola, Pai Benguela, Pai Jerônimo, Pai Francisco, Pai Guiné, Pai Joaquim, Pai Antônio, Pai Serafim, Pai Firmino D'Angola, Pai Serapião, Pai Serapião, Pai Fabrício das Almas, Pai Benedito, Pai Julião, Pai Jobim, Pai Jobá, Pai Jacó, Pai Caetano, Pai Tomaz, Pai Tomé, Pai Malaquias, Pai Dindó, Vovó Maria Conga, Vovó Manuela, Vovó Chica, Vovó Cambinda (ou Chica, Vovó Cambinda (ou Cambinda (ou Cambinda (ou Cambina), Vovó Ana, Vovó Maria Vovó Maria Maria Redonda, Vovó Catarina, Vovó Luiza, Vovó Rita, Vovó Gabriela, Vovó Quitéria, Vovó Gabriela, Vovó Quitéria, Gabriela, Vovó Quitéria, Vovó Quitéria, Quitéria, Quitéria, Vovó Mariana, Vovó Maria da Serra, Vovó Maria de Serra, Vovó Maria de Minas, Vovó Rosa da Bahia, Vovó Maria do Rosário, Rosário, Rosário, Vovó Benedita. Obs: Normalmente os Pretos-Velhos tratados por Vovô ou Vovó são mais ?velhos? do que aqueles tratados por Pai, Mãe, Tio ou Tio ou Tia).

Formação da Falange dos Pretos-Velhos na Umbanda

Depois de mortos, passaram a surgir em lugares adequados, principalmente para se manifestarem. Ao se incorporarem, trazem os Pretos-Velhos os sinais característicos das tribos a que pertenciam. Os Pretos-velhos são nossos Guias ou Protetores, mas no Candomblé, são considerados Eguns (almas desencarnadas), e e decorrente disso, só têm fio de conta (Guia) na Umbanda. Usam branco ou preto e?branco. Essas cores são usadas porque, sendo os Pretos-Velhos almas de escravos, lembram que eles só podiam andar de branco ou xadrez preto e branco, em sua maioria. Temos também a Guia de lágrima de Nossa Senhora, semente cinza com uma palha dentro. Essa Guia vem dos tempos dos cativeiros, porque era o material mais fácil de se encontrar na época dos escravos, cuja planta era encontrada em quase todos os lugares. O dia em que a Umbanda homenageia os Pretos-Velhos é 13 de maio, que é a data em que foi assinada a Lei Áurea (libertação dos escravos).

História dos preto velhos

As grandes metrópoles do período colonial: Portugal, Espanha, Inglaterra, França, etc; subjugaram nações africanas, fazendo fazendo dos negros mercadorias, objetos sem direitos ou alma. Os negros africanos foram levados a diversas colônias espalhadas principalmente nas Américas e em plantações no Sul de Portugal e em serviços de casa na Inglaterra e França. Os traficantes coloniais utilizavam-se de diversas técnicas para poder arrematar os negros: Chegavam de assalto e prendiam os mais jovens e mais fortes da tribo, que viviam principalmente no litoral Oeste, no Centro-oeste, Nordeste e Sul da África. Trocavam por mercadoria: espelhos, facas, bebidas, etc. Os cativos de uma tribo que fora vencida em guerras tribais ou corrompiam os chefes da tribo financiando as guerras e fazendo dos vencidos escravos. No Brasil os escravos negros chegavam por Recife e Salvador, nos séculos XVI e XVII, e no Rio de Janeiro, no século XVIII.XVIII. Os primeiros grupos que vieram para essas regiões foram os bantos; cabindos; sudaneses; iorubás; geges; hauçá; minas e minas e malês. A valorização do tráfico negreiro, fonte da riqueza colonial, custou muito caro; em quatro séculos, do XV ao XIX, a África perdeu, entre escravizados e mortos 65 a 75 milhões de pessoas, e estas constituiam uma parte selecionada da população. Arrancados de sua terra de origem, uma vida amarga e penosa esperava esses homens e mulheres na colônia: trabalho de sol a sol nas grandes fazendas de açúcar. Tanto esforço, que um africano aqui chegado durava, em média, de sete a dez anos! Em anos! Em troca de seu trabalho os negros recebiam três "pês": Pau, Pano e Pão. E reagiam a tantos tormentos suicidando-se, evitando a reprodução, assassinando feitores, capitães-do-mato e proprietários. Em seus cultos, os escravos resistiam, resistiam, simbolicamente, à dominação. A "macumba" era, e ainda é, um ritual de liberdade, protesto, reação à opressão. As rezas, rezas, batucadas, danças e cantos eram maneiras de aliviar a asfixia da escravidão. A resistência também acontecia na fuga das fazendas e na formação dos quilombos, onde os negros tentaram tentaram reconstituir sua vida africana. Um dos maiores quilombos foi o Quilombo dos Palmares onde reinou Ganga Zumba ao lado de seu guerreiro Zumbi (protegido de Ogum). Os negros que se adaptavam mais facilmente à nova situação recebiam tarefas mais especializadas, reprodutores, caldeireiro, carpinteiros, tocheiros, trabalhador na casa grande (escravos domésticos) e outros, ganharam alforria pelos seus senhores ou pelas leis do Sexagenário, do Ventre livre e, enfim, pela Lei Áurea. A Legião de espíritos chamados "Pretos-Velhos" foi formada no Brasil, devido a esse torpe comércio do tráfico de escravos arrebanhados da África. Estes negros aos poucos conseguiram envelhecer e constituir mesmo de maneira precária uma união representativa da língua, culto aos Orixás e aos antepassados e tornaram-se um elemento de referência para os mais novos, refletindo os velhos costumes da Mãe África. Eles conseguiram preservar e até modificar, no sincretismo, sua cultura e sua religião. Idosos mesmo, poucos vieram, já que os escravagistas preferiam os jovens e fortes, tanto para resistirem ao trabalho braçal como às exemplificações com o látego. Porém, foi esta minoria o compêndio no qual os incipientes puderam ler e aprender a ciência e sabedoria milenar de seus ancestrais, tais como o conhecimento e emprego de ervas, plantas, raízes, enfim, tudo aquilo que nos dá graciosamente a mãe natureza. Mesmo contando com a religião, suas cerimônias, cânticos, esses moços logicamente não poderiam resistir à à erosão que o grande mestre, o tempo, produz sobre o invólucro carnal, como todos os mortais. Mas a mente não envelhece, apenas amadurece. Não podendo mais trabalhar duro de sol a sol, constituíram-se a nata da sociedade negra subjugada. Contudo, o peso dos anos é implacavelmente destruidor, como sempre acontece. O ato final da peça que encarnamos no vale de lágrimas que é o planeta Terra é a morte. Mas eles voltaram. A sua voltaram. A sua missão não estava ainda cumprida. Precisavam evoluir gradualmente no plano espiritual. Muitos ainda, usando seu linguajar linguajar característico, praticando os sagrados rituais do culto, utilizados desde tempos imemoriais, manifestaram-se em indivíduos previamente selecionados de acordo com a sua ascendência (linhagem), costumes, tradições e cultura. Teriam que possuir a essência intrínseca da civilização que se aprimorou após incontáveis anos de vivência.

exus


Filho de Oxalá com Iemanjá e irmão gêmeo de Ogum, Elegbarásempre aprontava para chamar a atenção, devido à seus ciúmes. Destemido, valente e brincalhão, adorava se envolver em tudo o que acontecia na Terra. Devido à sua imensa curiosidade e vontade de viver, ele andou pelos quatro cantos do mundo, buscando descobrir os segredos e mistérios que envolviam o nosso planeta. Elegbará era um orixá que ao mesmo tempo que era amado,muito temido, pois já intimidava a todos com seus olhos, que eram bolas de fogo. Ao contrário de alguns orixás que ansiavam em ter um reino, fundando nações, ele queria o mundo todo, por isto saía pelas estradas vivendo aventuras e angariando adoradores em todas as tribos que visitava.Elegbará é aquele que vive no plano intermediário entre Ogum e Aiê. Ele é o protetor dos aventureiros, jogadores e todos aqueles que gostam de viver. Exú (candomblé) ou Bará-Exú (batuque RS), é o senhor dos caminhos, caminhos que levam, trazem e fazem as pessoas se encontrarem ou distanciarem-se. É quem faz com que os ritos sejam cumpridos, principal responsável pela ligação do mundo espiritual e o mundo material, (Ogum Ayê).Entre dois caminhos lá está ele guardando, indicando. Não se faz nada pelo candomblé ou nação, antes de agradar Bará/Exú, pois é o único orixá que faz o elo de ligação entre nós e os demais orixás. Tanto na passagem, como na comunicação, por isso é considerado o mensageiro. Exú é um orixá tão importante quanto todos os demais orixás. Por ser mais ligado com o mundo terrestre, possui certos costumes e temperamentos parecidos com os dos seres humanos. Exú é erradamente sincretizado como o diabo cristão. Por ser um orixá que cuida dos caminhos onde percorrem homens, orixás, espíritos, etc. E sendo o elo de ligação entre esses mundos, exú possui múltiplos contraditórios, sendo bom e mal, astuto, grosseiro, indecente, protetor, alegre, brincalhão, violento, etc... Devido a esses aspectos foi sincretizado pelos primeiros missionários com o diabo cristão. Existem várias derivações de Exú, Existem Exús/Bará que cuidam dos portões, dos caminhos, dos cruzeiros, dos caminhos ao cemitério, dos caminhos dos orixás, etc. Cada Exú de acordo com sua derivação possui um sobrenome ou segundo nome (entre outros atribuídos secretamente aos seus filhos). Alguns nomes conhecidos são: Exú Tranca Rua das 7 Cerquinhas, Tata Caveirinha das 7 cruzes, Exú Rei dos Ciganos, Exú Rei dos Ciganos de Estrada, Exú veludo das 7 porteiras, Bará do mar, Exu Tiriri Onãm, Bará Lodê, Bará das Estrelas. Exú mensageiro, é um servidor que para alguns é muito querido, e para outros é muito temido. Comanda no vício, na justiça, nas finanças intercede nas dificuldades humanas e são muito próximo de nós. Eles são companheiros espirituais que, como nós, estão em busca de evolução, pois são espíritos que esperam, em sua maioria, uma nova oportunidade de reencarnar, e para isso, aprendem a importância da vida através das nossas vidas.
DIA DA SEMANA: Segunda e sexta-feira
CORES: vermelho e preto, (dependendo da nação)
SAUDAÇÃO: Alupô ou Alalupô (batuque), Laroyê Exú (candomblé)
DOMÍNIOS: Caminhos, Encruzilhadas, Portões, etc...
AXÉ: (Força Emanada)> Ligação do material com o espiritual, comunicação, fecundação, etc...
FERRAMENTAS E SÍMBOLOS: Chave, tridente, vulto (Pênis ereto), etc...
METAL: Ferro, bronze e ouro.
PREDOMINÂNCIA: Amor, dinheiro, sexo, caminhos, vícios e luxúria.a

logun-edé




Sem sombra de dúvida que Logunedé é depois do orixá Bará o orixá africano que carrega consigo mais preconceitos e falta de conhecimento por parte dos adeptos e iniciados no culto.
Logunedé é tido como andrógeno, patrono dos homossexuais orixá iorubano, tendo como elemento terra e água dominando rios, cachoeiras e matas.
É considerado orixá "métametá ", em ioruba, méta significa "três" e métametá traduz-se a melhor guiza como: três ao mesmo tempo.
Congregando a natureza do pa :Odé IBUALAMA e da mãe Oxum Opanda e congregando a natureza sua própria.
Logunedé, tendo portanto o poder da mutação, transformando-se no que quiser.
Um encantador, realizador de prodígios, protetor dos navegantes de água doce, caçadores e protetor dos amores duradouros.
Para os bantos ogum é o nome da divindade correspondente ao madé nagô, ou logunedé .
Veste saiote amarelo e um pano [ojá] azul-turquesa amarrado ao ombro, cruzado com outro cor branca, usa damatá e abebé de latão.
Carrega couraça, capanga e um berrante.
Na cabeça um capacete dourado com plumas azul amarela - branca e verde.
Suas contas são de miçangas leitosas.
Azuis: mistério, prudência, respeito aos mais velhos.
Amarelo: luz da riqueza.
Verde: alegria, prudência.
Branca: temperança, paciência.
Sua influência é marcante, mistura jovialidade e irresponsabilidade.
As pessoas filhas deste orixá se sentem presas numa armadilha do destino como mostra as diversas lendas.
São extremamente sensíveis a dor e ao sofrimento, que lhe dão, a sensação de que o mundo está de cabeça para baixo ou pernas para o ar.
Os filhos de Logunedé embora façam amigos com facilidades, não se envolvem profundamente com eles. Pode ser masculino ou feminino, tem grande orgulho de sua beleza e de seu corpo. Trato social fácil, bem humorado, calmo, educado.
Ambiciosos, dão muito valor ao conforto material. Tem paixão pelo debate, e as vezes falam e discutem sem parar; principalmente sobre coisas que lhes agradam.
Mas não raro precisam se isolar, interiorizar-se.
Nessa fase, seu interesse pelo ocultismo e pela religião se sobressai.
Otimistas os filhos de Logum perseguem seus objetivos com precisão e procuram gastar energia em coisas que gostam.
Mas são como camaleão, costumam mudar de personalidade e de atitudes como quem muda de roupa.
Logunedé sabe ser rude e doce ao mesmo tempo.
Logunedé, também é um guerreiro entre os orixás. Surge como divindade dentro do runcó, camarinha, onde é feito a junção Odé com Oxum, passando este a ser mensageiro e protetor dos dotes de oxum.
Caçador habilidoso, em terra firme se alimenta de caça e, submerso se alimenta de peixe.
É portanto, uma divindade que domina o poder da mutação e transforma-se no que quiser.

Frase de impacto: Ològún , fihòn awo / Funfun lóni,ni òla / Ó yióó filhòn dúdú .> Logun, mostra a pele que desejar, se mostrar pele clara hoje, amanhã mostrará pele escura.-
ELEMENTO > água -, terra+
NATUREZA > rios e matas
METAL >cobre, ouro, latão
EMBLEMA > ofá e abebé
DOENÇAS > magreza, enxaqueca
ASTRO>mercúrio AFINIDADE> comunicação, inteligência, comércio, artes
NATUREZA > instável, oscilante, dual
METAL> mercúrio ,bronze ,ouro
PEDRA> turquesa
COR > azul, verde, branca, amarelo
ANIMAL> peixe, raposa, macaco.
ANIMAL VOTIVO> camaleão e pavão
PLANTA > salsa, malva, lavanda, verbena
PERFUME > lavanda
DIA DA SEMANA > quinta e sexta-feira.
PARTE DO CORPO > aparelho respiratório, genital e nervoso
REPRESENTAÇÃO > cavalo marinho
FERRAMENTA > ofá em metal amarelo
NÚMERO > 04, 08,16
COMIDA > odá, tatu, angolista, peixe, axoxó, omulucum, mandioca assada
FRUTA > melão, laranja, coco, ameixa amarela, manga, banana-maçã, mamão
PLANTAS > as mesmas de Odé e Oxum

ewa


Yewa é a divindade do rio Yewa. Na Bahia é cultuada somente em três casas antigas, devido à complexidade de seu ritual. As gerações mais novas não captaram conhecimentos necessários para a realização do seu ritual, daí se ver, constantemente, alguém dizer que fez uma obrigação para Yewa , quando na realidade o que foi feito é o que se faz normalmente para Osun ou Oya.O desconhecimento começa com as coisas mais simples como a roupa que veste, as armas e insígnias que segura e os cânticos e danças, isso quando não diz que Yewa é a mesma coisa que Osun, Oya e Yemoja.Corre a lenda entre as casas antigas da Bahia que cultuam Yewa, que certa vez indo para o rio lavar roupa, ao acabar, estendeu-a para secar. Nesse espaço veio a galinha e ciscou, com os pés, toda sujeira que se encontrava no local, para cima da roupa lavada, tendo Yewa que tornar a lavar. Enraivecida, amaldiçoou a galinha, dizendo que daquele dia em diante haveria de ficar com os pés espalmados e que nem ela nem seus filhos haveriam de comê-la, daí, durante os rituais de Yewa, galinha não passar nem pela porta. Verger encontrou esse ewo na África e uma lenda idêntica Orixá que protege as virgens e tudo que é inexplorável.Ewa tem o poder da vidênciaSra. Do céu estrelado rainha dos cosmos. Ela está o lugar onde o homem não alcança.Ela é representada pelo raio do sol, pela neve, pela saliva.Seu símbolo é o ofá dourado, pode também carregar um arpão, uma espingarda ou uma serpente de metal.Uma deusa de muitos mistérios, pouco se sabe a seu respeito
Ewá tem como símbolo um Ofá dourado, ou uma lança ou arpão, e às vezes traz uma pequena espingarda, eventualmente pode carregar serpente; carrega também uma cabaça de cabo alongado enfeitada com palha da costa, além é claro,da espada, insígnia das grandes guerreiras.
As palmeiras com folhas em leque também simbolizam Ewá - exótica, bela, única e múltipla. Como se pode notar, Ewá é considerada a metade mulher de Oxumare, a faixa branca do arco-íris. Na verdade ela mantém fundamentos em comum com Oxumare, inclusive dançam juntos, mas não se sabe ao certo se seria a porção feminina, sua esposa ou filha. Quando cultuada na nação Ketou, Ewá dança, ilu, hamunha e aguerê, Na cultura jêje, onde suas danças são impressionantes, prefere o bravun e o sató e dança acompanhada de Oxumare, Omolu e Nanã. Nas festas de Olubajé, Ewá não pode ser esquecida, deve receber seus sacrifícios, e no banquete não pode faltar uma de suas comidas favoritas; banana-da-terra frita em azeite.

Seu maior símbolo.......... ejô (cobra) e espada.Suas plantas.............arrozinho, baronesa (alga ), golfãoSeu dia............................sábadoSua cor...........................vermelho e brancoSeu metal........................ouro, prata e cobraSeus elementos................fogo.águaSaudação........................Ri Ro! RINRÓ. Domínios:......................chuva. O branco do arco-íris.Comidas:........................milho com côco, batata doce, canjiquinha, banana inteira da terra feita em azeite de dendê com farofa do mesmo azeite.Animais:........................sabiáQuizilas..........................aranha, teia de aranhaCaracterísticas.................agitada, carinhosa, alegre, serviçal, leal, fofoqueira, malcriada, auto-suficiente.O que faz : ....................limpa o ambiente, traz harmonia, alegria e beleza. Riscos de saúde...............problemas respiratórios e intestinais
Arquétipo dos filhos:O arquétipo de Ewá são o das mulheres belas, tranqüilas e adaptáveis, mulheres cheias de iniciativa, sensíveis e poéticas. Enfim os filhos de Ewá adoram ler, mas em relação ao amor só se entregam em absoluto quando estão loucamente apaixonados.Seus mudam muito de personalidade assim como o clima, pode mudar várias vezes ao dia.São encantadores, autoconfiantes e tagarelas, remexem-se todo o tempo.Temperamentais e orgulhosos, mesmo errando não dão o braço a torcer. Adoram ser o centro das atenções.Tendência a duplicidade devido a natureza andrógena da deusa, tendência a riqueza, magnetismo, gostam de jogar, bonitos, gostam de elogios, imediatistas, necessitam de outros odus para que a ajudam com seu brilho nos processos difíceis.São apegados a riqueza gostam de roupas bonitas e vistosas. Adoram elogios e galanteios.Pessoas vivas e atentas.
Referência Bibliográfica:livro "Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia " Aquarelas de Caribé e Texto de Pierre Verger e Waldeloir do Rego - Editora Raízes Artes Gráficas - 1980 )(Mitos e Ritos Africanos da Bahia - Waldeloir do Rego

xapanã

Este Orixá conhecido por sua fúria e vingança contra malfeitores e pessoas que tratam as coisas sem o devido respeito e honestidade, é muito respeitado em todas as Nações da África ao Brasil. Pertence a Xapanã todas as doenças materiais e espirituais, principalmente as doenças de pele, como varíola e a lepra, com estas normalmente castiga quem merece. Uma de suas missões no mundo material e espiritual, é varrer as coisas que não tem mais utilidade, por este e outros motivos, é um dos Orixás que responde junto com Xangô e Iansã pelos processos de desencarnação, pelos cemitérios, pela destruição e em defesa dos espíritos maléficos.


Saudação: AbaoDia da Semana: Quarta-feira Número: 07 e seus múltiplos Cor: Vermelho e Preto Guia: uma conta vermelha e uma preta Oferenda: Pipoca, feijão miúdo torrado, feijão preto cozido, amendoim torrado, um opeté de batata inglesa e sete tiras de carne crua sem gordura ou nervo Adjuntós: Xapanã Jubeteí com Oiá ou com Obá, Xapanã Belujá com Iansã ou com Oxum Olobá, Xapanã Sapatá com Iansã ou com Obá Ferramentas: Xaxará, vassoura, cachimbo, favas, moedas e búzios. Ave: Galo Carijó(preto e branco) ou vermelho Quatro pé: Cabrito Branco ou qualquer cor, menos preto


Xapanã Jubeteí: São Roque quando faz adjuntó com Oiá, São Lázaro quando faz adjuntó com Obá Xapanã Belujá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Oxum Olobá, Senhor dos Passos quando faz adjuntó com Iansã Xapanã Sapatá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Iansã, São Lázaro quando faz adjuntó com Obá


Seus filhos são obstinados e honestos, mas por outro lado são rancorosos. Gostam muito de prestar ajuda aos outros e são extremamente sensíveis. Tem rosto anguloso, tronco pequeno e, na maioria das vezes são magros e altos com manchas no corpo.


Xapanã, originário de Tapa, leva seus guerreiros para uma expedição aos quatro cantos da terra. Uma pessoa ferida por suas flechas ficava cega, surda ou manca, Obaluaê-Xapanã chega ao território de Mahi no norte de Daomé, matando e dizimando todos os seus inimigos e começa a destruir tudo o que encontra a sua frente. Os Mahis foram consultar um Babalaô e o mesmo ensinou-os como fazer para acalmar Xapanã. O Babalaô diz que estes deveriam tratá-lo com pipocas, que isso iria tranqüiliza-lo, e foi o que aconteceu. Xapanã tornou-se dócil. Xapanã contente com as atenções recebidas mandou construir um palácio onde foi viver e não mais voltou ao país Empê. O Mahi prosperou e tudo se acalmou. Xapanã continua sendo saudado como rei de Nupê e pai em Empê.Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Xapanã viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Xapanã não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro. Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Xapanã entrou, mas ninguém se aproximava dele. Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Xapanã e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os orixás dançavam alegremente com suas equedes. Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Xapanã pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Xapanã, o deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador. Xapanã Sapatá e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens. Sua Mãe, Nanã Burukun, abandonou-O na praia quando pequeno por suas feridas em grande quantidade. Xapanã foi recolhido as profundezas do oceano, cuidado e criado por Iemanjá, que fez para Ele uma roupa de palha-da-costa, cobrindo-O da cabeça aos pés. Ficou forte e saudável, porém as cicatrizes nunca desapareceram. Normalmente os filhos deste Orixá são marcados pelo corpo, com pequenas feridas, espinhas, manchas e secreções que assim como aparecem, desaparecem, ficando neste processo pelo resto da vida.

beijis


Ibeiji, o único Orixá permanentemente duplo. É formado por duas entidades distintas e sua função básica é indicar a contradição, os opostos que coexistem. Num plano mais terreno, por ser criança. A ele é associado a tudo o que se inicia: a nascente de um rio, o germinar das plantas, o nascimento de um ser humano.
No dia de Ibeiji, 27 de setembro (o mesmo de Cosme e Damião, com quem são sincretizados), é costume as casas de culto abrirem suas portas e oferecerem mesas fartas de doces e comidas para as crianças, elevadas à condição de representantes na terra do Orixá.
Regem a falange das crianças que trabalham na Umbanda.

Características

Cor - Rosa e azul (branco, colorido)
Fio de Contas - No Candomblé, contas e miçangas leitosas coloridas.
Ervas - jasmim, alecrim, rosa
Símbolo - Gêmeos
Pontos da Natureza - Jardins, praias, cachoeiras, matas...
Flores - Margaridas, rosa mariquinha.
Essências - De frutas
Pedras - Quartzo rosa
Metal -Estanho
Saúde -Alergias, anginas, problemas de nariz, raquitismo, acidentes
Planeta - Mercúrio
Dia da Semana - Domingo
Elemento - Fogo
Chakra - Todos, especialmente o Laríngeo
Saudação - Oni Beijada
Bebida - Guaraná (Suco de frutas, água de coco, água com mel, água com açúcar, caldo de cana)
Animais - Animais de estimação.
Comidas - Caruru, doces e frutas.
Numero - 2
Data Comemorativa - 27 de Setembro
Sincretismo: São Cosme e São Damião
Incompatibilidades: Coisas de Exu. Morte, Assovio.
Atribuições
Zelar pelo Parto e Infância. Promover o amor(união).

Lendas De Ibeiji
Como Os Irmãos Ibeiji Viraram Orixá
Existia num reino dois pequenos príncipes gêmeos que traziam sorte a todos. Os problemas mais difíceis eram resolvidos por eles; em troca, pediam doces balas e brinquedos. Esses meninos faziam muitas traquinagens e, um dia, brincando próximos a uma cachoeira, um deles caiu no rio e morreu afogado. Todos do reino ficaram muito tristes pela morte do príncipe. O gêmeo que sobreviveu não tinha mais vontade de comer e vivia chorando de saudades do seu irmão, pedia sempre a orumilá que o levasse para perto do irmão. Sensibilizado pelo pedido, orumilá resolveu levá-lo para se encontrar com o irmão no céu, deixando na terra duas imagens de barro. Desde então, todos que precisam de ajuda deixam oferendas aos pés dessas imagens para ter seus pedidos atendidos.

oração á logum edé

menino deus
senhor das brincadeiras e das alegrias constantes
menino deus
que abenções a vida e a terra citilante
menino deus
do abebé e do ifá que sua atenção caia sobre mim
menino deus
do ouro das pedras de arco-íris
menino deus
do arco e da flecha que aponta o destino
menino deus da prosperidade
menino rei da bondade
menino deus guarda os meus passos
menino deus me acolha em seus braços
menino deus
senhor do mundo
senhor da esperança
guie os meus passos
sob seu manto azul e branco

oração de exu

senhor das sombras e da luz
senhora das auras e da aurora
senhor das ruas que nos conduz
senhor dos tempo e do agora
senhor que me chama e me abandona
senhor que ama e que odeia
rei justo das sensações humanas
olhai por nossos passos insanos
senhor que me acoberta e me repele
senhor que em todas as horas se revela
senhor das brigas e das calmarias
ajustai o tempo para mim.
senhor, eu nada lhe peço, imploro
que meus passos sejam protegidos
que meus olhos que tudo assistem
possam ter a sua força e soberania.

oração a Ewa

senhora do céu rosado
senhora das tardes enigmáticas
senhora das nuvens carregadas
esteira do arco-íris
senhora das possibilidades
das vantagens e dos caminhos
do encantamento e da beleza
da alegria e da felicidade
senhora das senhoras das brumas
dissipe as nuvens dos meus caminhos
ó poderosa princesa
invoque as forças dos ventos a meu favor
que a chuva me cubra de prosperidade
que sua coroa cubra meu destino
ó princesa-mãe do culto
que eu seja o seu filho perdido
e bendito e suas graças
que a névoa que existe hoje
em meus passos
seja límpida no amanhã!

que assim seja!!

oração a oxóssi

eu procuro e não acho
a flecha me aponta o destino
é o caçador dos céus que ronda
é kabila odé wawá que me sonda
sua flecha contempla o tempo,
prosperidade e abundância
seu braço segura o arco da provisão
do combate e determinação
meu senhor da terra,
de minha roça, vilarejo e de minha casa
que sua flecha seja tão ligeira
ao me trazer as coisas belas
meu poderoso senhor da falange e matas
que me traz os boiadeiros, caboclos e baianos
meu poderoso senhor irmão das folhas
que me traz cura e minha visão
seja piedoso com minha vida e meu coração
seja benevolente em minha subsistência,
em minha vida, na minha paixão
que a noite ao me deitar
que eu possa ter certeza
de que o senhor caçador noturno
está a me guardar.

oração a oba

minha senhora protetora de meu encanto
eu não fui digno de pronunciar seu nome
eu não fui digno de lhe implorar perdão
eu conheci o medo e tropecei nos empecilhos
minha senhora-guia de minhas forças
senhora soberana de meus disfarces
a humilhação cobriu-me os pés
e eu não pude andar e ser guerreiro
minha senhora-mãe de minhas crenças
senhora mãe dos justos feitiços
a injustiça cobriu meus caminhos
e eu não pude ser destemido
minha senhora rainha de odô
poderosa guerreira contra a maldade
que sua espada se lance sobre minha vida
e eu seja digno da sua bondade
que a força que existe no rio quando encontra o mar
seja tão igual poderosa em minha estrada
capaz de mudar meu distino e meu pezar
e que os seixos que agora se escondem
possam resplandecer nos ribeirões
límpidos para lhe saudar

que assim seja!!!

oração a oxumarê

meu pai oxumarê, aquele que renova os homens!
meu pai oxumarê, aquele que é o senhor da consiencia
meu pai oxumarê
eu o desconheço em sua plenitude, força e amor
mas percebo a sua forma soberana, conscencial...
eu não o desfiguro.
eu não o confundo.
eu não invento.
és a divindades das divindades!
és a consução a dimensão humana da vida!
suas qualidades são humanas;
seus atributos nos conduzem a evolução...
és a renovação continua do amor!
és as 7 cores da vida!
és as 7 irradiações divinas!
és as 7 linhas do culto!
és a renovação continua da piedade.
és a minha renovação continua da religiosidade,
que dilui tudo aquilo que acredito, e
e me conduz com carinho ao caminho do bem.

terça-feira, 17 de junho de 2008

oração a xapanã

Pai amantíssimo, intercedei por mim junto à Oxalá,
A misericórdia de que eu nunca perca minha fé;
Pai, a vós que fostes concedida a permissão da vida e da morte,
Da saúde e da doença,
Da riqueza e da pobreza ,
Vós que conheces o dom da ressurreição;
Por Oxalá em vida, peço-lhe humildemente neste momento,
Para que cubra-me com sua palha sagrada,
Liberte-me da pobreza de espírito,
Da doença da alma, e da morte da fé;
Pai , proteja-me de espíritos encarnados e desencarnados,
Da bruxaria e das pragas,
Para que eu não caia no vale das sombras;
Pai , abençoa-me neste momento difícil, e fortaleça meu espírito,
Para que eu possa ter paz e serenidade para cumprir minha missão.
Que Assim seja e Assim será!

oração a iansã ou oia

Ó gloriosa Mãe guerreira, dona das tempestades,
Protegei-me eu e minha família contra os maus espíritos,
Para que eles não tenham forças de atrapalhar minha caminhada,
E que não se apossem da minha luz.
Ajudai-me para que as pessoas más intencionadas
Não destruam minha paz de espírito.
Mãe Iansã, cubra-me com seu manto sagrado,
E leve com a força dos seus ventos tudo que não presta para bem longe.
Ajudai-me na união da minha família, para que a inveja
Não destrua o amor que há em nossos corações.
Mãe Iansã, em vós eu creio , espero e confio!
Que Assim seja e Assim será !

oração a xangô

Poderoso Orixá de Umbanda,
Pai, companheiro e guia.
Senhor do equilíbrio e da justiça.
Auxiliar da Lei do Carma,
Só tu, tens o direito de acompanhar pela eternidade,
Todas as causas, todas as defesas, acusações e eleições,
Promanadas das ações desordenadas, ou dos atos impuros e benfazejos que praticamos.
Senhor de todos os maciços e cordilheiras,
Símbolo e sede da tua atuação planetária no físico e astral.
Soberano Senhor do Equilíbrio, da equidade,
Velai pela inteireza do nosso caráter.
Ajude-nos com sua prudência.
Defenda-nos das nossas perversões,
Ingratidões, antipatias, falsidades,
Incontenção da palavra e julgamento indevido dos atos
Dos nossos irmãos em humanidade.
Só Tu és o grande Julgador.
Kaô Cabecilê Xangô.

prece a omolu

Mestre das almas!Meu corpo está enfermo…Minha alma está abalada,Minha alma está imersa na amargura de um sofrimentoQue me destrói lentamente.Senhor Omolu!Eu evoco - ObaluaiêOh!Deus das doençasOrixá que surge, diante dos meus olhosNa figura sofredora de Lázaro.Aquele que teve a graça de um milagreNo gesto do Divino Filho de Jesus.Oh!Mestre dos mestresObaluaiêTeu filho está enfermo…Teu filho se curva, diante da tua aura luminosa.Na magia do milagre,Que virá de tuas mãos santificadas pelo sofrimento…Socorre-me…Obaluaiê…Dai-me a esperança da tua ajuda.Para que me encoraje diante do martírio imenso que me alucina,Faças com que eu não sofra tanto - Meu PaiSenhor Omolu!Tu és dono dos cemitérios,Tu que és sentinela do sono eterno,Daqueles que foram seduzidos ao teu reino.Tu que és guardião das almas. que ainda não se libertou da matéria,Ouve a minha súplica, atende ao apelo angustioso do teu filho.Que se debate no maior dos sofrimentos.Salve-me - Irmão Lázaro.Aqui estou diante da tua imagem sofredora,Erguendo a derradeira prece dos vencidos,Conformado com o destino que o Pai Supremo determinou.Para que eu suplicasse minha alma no maior dos sofrimentos.Salve minha alma desse tormento que me alucina.Tome meu corpo em teus braços.Eleva-me para teu reino.Se achares porém, que ainda não terminou minha missão neste planeta,Encoraja-me com exemplo da tua humildade e da tua resignação.Alivia meus sofrimentos, para que levante deste leito e volte a caminhar.Eu te suplico, mestre!Eu me ajoelho diante do poder imenso,De que és portador.Invoco a vibração do Obaluaiê.A - TÔ - TÔ, Meu Pai.Obaluaiê,Meu Senhor, ajude-me

Oração a Iemanja

Minha protetora Iemanjá.Enfermeira dos que sofrem,consoladora dos aflitos,conselheira dos angustiados.Mãe de todos.Agradeço de tantas graças que nos concedes.Indigno-me de tua áurea luminosa.E rendo-te minha homenagem,rainha das águas.Que contribui caridade e amor,entre todos os seus filhos.Eu te agradeço senhora Mãe Iemanjá,por me atender nas horas que recorro a teus poderes divinas graças te dou Iemanjá.Pelas tuas radiações milagrosas,agradeço,dizendo,obrigado por tua proteção constante que tens proporcionando por nossos irmãos que sofrem.Curvo-me diante de ti e rogo-me,continue dando proteção a teus devotos.Que dedicam amor profundo.Que tua áurea bendita continue protegendo e vibrando bondade.De paz e saúde sobre aqueles que te ajoelham suplicando aos seus pés.Dai-nos a tua proteção pura e conforto da alma.Suplico nesta mensagem porque creio em teu poder imenso assim seja.Minha mãe querida Iemanjá.

oração para são cosme,são damium e são da um

“São Cosme e Damião, que por amor a Deus e ao próximo vos dedicastes à cura do corpo e da alma de vossos semelhantes, abençoai os médicos e farmacêuticos, medicai o meu corpo na doença e fortalecei a minha alma contra a superstição e todas as práticas do mal.
Que vossa inocência e simplicidade acompanhem e protejam todas as nossas crianças. Que a alegria da consciência tranqüila, que sempre vos acompanhou, repouse também em meu coração. Que a vossa proteção conserve meu coração simples e sincero, para que sirvam também para mim as palavras de Jesus:
“ Deixai vir a mim os pequeninos, porque deles é o Reino do Céu”.
São Cosme e Damião, rogai por nós.
Que assim seja !”

oração o são jorge(ogum)

Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos.
Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.

oração a nanã

À minha mãe Nanã,eu peço a benção e proteçãopara todos os passos de minha vida.À minha mãe Nanã,eu peço que abençoe o meu coração,minha cabeça, meu espírito e meu corpo.Que aos poderes dadossomente à Senhora das Senhoras,sejam caridosos e benevolentes,e me escondam de meus inimigosocultos e poderosos.Minha querida Mãe e Senhora,tenha piedade de meu coração.Minha querida Mãe e Senhora,faça com que eu seja puro de coraçãopara merecer a sua proteção e caridade

oração a oxalá

Oxalá! Divina manifestação do Bem,Senhor da perfeita Sabedoria e do Bendito Amor,Ó ! Vós que recebei o poder do supremo Doadorpara tudo e todos.Protegei-nos das ciladas ilusórias do mundo enganador,Despertai-nos para a realidade da vida imortal,Sois a imaculada irradiação do Altíssimo,Vosso nome é só mavioso e compassivo,que nos guia; com ternura e esperança,para a Aruanda – Cidade de Luz.Ai de nós empedernidos, na mais grosseira materialidade,Afogados em sentimentos inferiores,Rogamos contritos pela salvação da nossa consciência.Junto a Vós, trilharemos por caminhos iluminados,Porque sois a divina pureza, acolhedora e misericordiosa.Santo Nome, envolvei-nos em sentimentos fraternosde real amor, a fim de chegarmos até Vós,Oxalá ! Tende pena de nós, tende compaixão…
Êpa, êpa, Babá Oxalá
Glória a OLORUN!

oração a oxum

Ora ie ieu Oxum,Salve dourada senhoraDa pele de ouro!Benditas são suas águas,e essas mesmas águas lavam meu sere me livram do mal.Oxum, Divina Rainha, bela Orixá,venha a mim,caminhando na Lua Cheia.Traga, mãe, em suas mãos,os lírios do amor e da paz.Torna-me doce, sedutora,suave, como és.Mamãe Oxum, me proteja, Orixá.Faça que o amor sejaconstante em minha vidaQue eu possa amar atudo o que existe.Me proteja contra asmandingas e feitiçarias.Daí a mim o néctar de sua doçurae que eu consiga o que desejo
Mãe do ouro, da beleza e do amor,Senhora do mais puro Axé,valei-me hoje e sempre.Aie ieu Oxum!

Diferenças de mediunidade

Quem nunca viu caboclos assobiarem ou darem aqueles brados maravilhosos, que parecem despertar alguma coisa em nós ?
Muitos pensam, ingenuamente tratar-se dos chamados que davam nas matas, para se comunicarem com os companheiros de tribo, quando ainda vivos. Não é bem assim. Os assobios traduzem sons básicos das forcas da natureza, os chamados "Tatwas". Estes sons precipitam assim como o estalar dos dedos, um impulso no corpo Astral do médium para direciona-lo corretamente, afim de libera-lo de certas cargas que se agregam, tais como larvas astrais, etc.
Os assobios, assim como os brados, ou sons graves e guturais emitidos pelos Pais-Velhos quando incorporados, são o chamados mantras; cada entidade emite um som de acordo com a linha que trabalha, para ajustar condições especificas que facilitem a incorporação, ou para liberarem certos bloqueios nos consulentes."

assobios e brados

Quem nunca viu caboclos assobiarem ou darem aqueles brados maravilhosos, que parecem despertar alguma coisa em nós ?
Muitos pensam, ingenuamente tratar-se dos chamados que davam nas matas, para se comunicarem com os companheiros de tribo, quando ainda vivos. Não é bem assim. Os assobios traduzem sons básicos das forcas da natureza, os chamados "Tatwas". Estes sons precipitam assim como o estalar dos dedos, um impulso no corpo Astral do médium para direciona-lo corretamente, afim de libera-lo de certas cargas que se agregam, tais como larvas astrais, etc.
Os assobios, assim como os brados, ou sons graves e guturais emitidos pelos Pais-Velhos quando incorporados, são o chamados mantras; cada entidade emite um som de acordo com a linha que trabalha, para ajustar condições especificas que facilitem a incorporação, ou para liberarem certos bloqueios nos consulentes."

As velas

Dentro da magia universal as velas foram sempre utilizadas na maior parte dos rituais em que se precisa realizar algum contato com forcas superiores ou inferiores, isto, claro, dependendo da moral de quem vai se utilizar das forcas magicas, já que magia não pode ser distinta de forma especifica em branca ou negra (ou como queira os puristas :
Teurgia e Goecia), pois estes aspectos são facetas interiores daquele que pretende mobilizar certas forcas cósmicas. Nos terreiros, há sempre alguma vela acesa.
A função da uma vela, que já foi definida como o mais simples dos rituais, é, no seu sentido básico, o de simplesmente repetir uma mensagem, um pedido. A pessoa se concentra (passo fundamental no ritual de acender velas. O pensamento mal-direcionado, confuso ou disperso pode canalizar coisas não muito positivas ou simplesmente não funcionar. Diz um provérbio chinês : "cuidado com o que pede, pois poderá ser atendido") no que deseja e a função da chama é o de repetir, por reflexo, no astral, a vontade e o pedido do interessado. Existem diversos fatores dentro da magia no tocante ao numero de velas a serem acesas e outros detalhes que dizem respeito apenas aos iniciados e mestres, não cabendo a nós, por profundo desconhecimento de tais detalhes, apresenta-los aqui. Os verdadeiros médiuns podem, se quiserem ou melhor ainda, se merecerem, aprender tudo sobre que suas entidades acharem por bem transmitir-lhes.

charutos e cachimbos

A Umbanda é muito criticada e achincalhada pelo fato de suas entidades usarem o fumo nas sessões, os detratores aproveitando-se disto para taxarem as entidades de atrasadas ou primitivas (ainda hoje em dia !).
A grosso modo, o fumo prestar-se-ia a agir como uma "defumação direcionada", ou seja, certas cargas mais pesadas seriam destruídas pelas baforadas do cachimbo ou do charuto, alem de outras funções mais complexas só conhecidas e manipuladas pelas entidades, as quais, inclusive aconselham a não fumarem (Nota : as entidades não tragam o fumo, alem de conseguirem, por meios próprios de conhecimentos deles, não deixarem seqüelas em seus aparelhos).

a defumação

A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda. É também uma das coisas que mais chamam a atenção de quem cai pela primeira vez assistir a um trabalho.
Para que serve aquela fumacinha saindo daquelas vasilhas ?
Qual a utilidade real da defumação ?
Certas cargas pesadas se agregam ao nosso corpo astral durante nossa vivência cotidiana, ou seja, pensamentos e ambientes de vibração pesada, rancores, invejas, preocupações, etc. tudo isso produz (ou atrai) certas formas-pensamento que se aderem ao nosso aura e nosso corpo astral, bloqueando sutis comunicações e transmissões energéticas entre os ditos corpos.
Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos elementos ar, fogo e vegetal que a compõe, pois interpenetra os campos astral e mental e o aura, tornando-os novamente "libertos" de tal peso para produzirem seu funcionamento normal.
Mas a defumação deve ser feita com ervas escolhidas, colhidas na lua certa e sempre devem ser queimadas em braseiro de barro, já que o braseiro de metal anula a forca contida nas ervas.
Há também outro fator importante. Existem casos de se queimar as ervas com uma profusão de fumaça insuportável, que chega a fazer os olhos arderem e as pessoas tossirem ate'nao poderem mais. Na verdade, o importante na defumação e'o bom cheiro das ervas, a leveza tênue da fumaça e a não poluição desesperada do ambiente, que só prejudica, pois abala a atenção e mesmo a saúde, já que pode ser perigoso para quem tem problemas respiratórios. O importante é a qualidade e não a quantidade.
Obs.: Um boa defumação pode ser feita com cravo, canela em pau e erva-doce, sendo ótima para a manutenção e desagregação de cargas no ambiente do terreiro ou em sua residência, sendo que a defumação deve ser sempre efetuada dos fundos para a frente da casa, acompanhada de um ponto cantado adequado a situação.

Os pontos cantados

Os pontos cantados são uma das primeiras coisas que afloram a quem vai a um terreiro de Umbanda pela primeira vez. Os pontos cantados são, dentro dos rituais de Umbanda, um dos aspectos mais importantes para se efetuar uma boa gira.
Os verdadeiros pontos cantados, são os chamados de raiz (são os pontos ensinados pelas próprias entidades). Apesar disso, há uma gama infinita de pontos desconexos sendo entoados por ai. Um verdadeiro ponto evoca imagens fortes e atingem lá dentro do coração e da emoção a verdadeira fe', pura e simples.
Os pontos cantados servem para impregnar certas energias e desimpregnar outras, de acordo com o ponto, uma vez que cada linha representa um imagem, traduz um sentimento inerente a vibração daquela entidade que o canta, ou que o trás, existindo por trás deles uma freqüência toda especial, que se modifica de acordo com a Linha Espiritual :

Oxalá - Sons místicos;
Ogum - Sons vibrantes;
Oxossi - Sons afinados com a natureza e sua harmonia;
Xangô - Sons graves;
Yorimá - Sons melancólicos;
Yori - Sons alegres, predispondo ao bom animo;
Yemanjá - Sons suaves, destinados à renovação afetiva e emocional; "